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A Agência Nacional de Petróleo também recomendou que uma licitação de blocos tradicionais, no pós-sal, seja feita apenas em 2015 | Petrobrás / Divulgação
A Agência Nacional de Petróleo também recomendou que uma licitação de blocos tradicionais, no pós-sal, seja feita apenas em 2015| Foto: Petrobrás / Divulgação

2,4% foi o aumento na produção média diária de petróleo da Petrobras em março na comparação com o mesmo mês de 2013. No mês passado, a companhia extraiu 2,331 milhões de barris de petróleo e gás natural equivalente, novo recorde da empresa. A produção média diária nos campos brasileiros em março cresceu 0,2% na comparação com a de fevereiro (2,327 milhões de barris equivalentes). A produção de petróleo exclusivamente no Brasil em março foi de 1,926 milhão de barris diários, com um aumento de 0,1% em comparação com fevereiro, enquanto a de gás natural aumentou 0,4%, até 64,360 milhões de metros cúbicos.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recomendará ao governo federal que um novo leilão de área petrolífera no pré-sal brasileiro só ocorra no segundo semestre de 2016, e que uma licitação de blocos tradicionais, no pós-sal, seja feita somente em 2015. A informação é da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, que considera que é preciso dar ao mercado um tempo após três leilões no ano passado, que incluíram a mega reserva de Libra, no pré-sal.

Ela argumenta que a indústria de equipamentos para o setor, especialmente, precisa de uma pausa nas licitações para conseguir atender demandas da exploração de áreas que estão em desenvolvimento. "Já será difícil atender essa demanda toda e imagina se colocamos mais um leilão de pré-sal na praça?", indagou. "Acho que a recomendação é fazer um outro [no pré-sal] mais para o fim de 2016", acrescentou.

A necessidade de dar tempo para que fornecedores se preparem para atender a forte demanda dos próximos anos é também o motivo da recomendação para que não seja realizada outra rodada este ano dentro do modelo de concessão no pós-sal. Magda disse que a recomendação da ANP será feita em breve ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deverá decidir sobre o assunto. Ela não detalhou uma data.

Como exemplo da grande demanda que a indústria de equipamentos terá, a diretora-geral da ANP citou cálculos que apontam que a capacidade de produção somente em sete áreas – algumas já em operação, como Lula e Sapinhoá – é de mais de 750 milhões de barris de petróleo ao longo da vida útil dos campos. Esse volume demandaria ao menos 40 novas plataformas nos próximos anos.

Histórico

No ano passado, o governo federal realizou três rodadas depois de um período de cinco anos sem licitações, incluindo a área de Libra, com volumes recuperáveis estimados pela ANP entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

Além de reserva de Libra, considerada a maior do Brasil, a ANP realizou uma rodada tradicional com áreas em novas fronteiras e bacias marítimas maduras e um certame focado em gás, buscando desenvolver a exploração de gás não convencional.

"Temos que dar uma parada para olhar, analisar, estudar e ver também a capacidade de resposta da indústria", afirmou Magda, destacando que a rodada de novembro de 2013 deveria ter sido realizada em 2014, mas foi antecipada.

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