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Um dos últimos terrenos grandes desocupados no centro de Curitiba está em processo de limpeza para a construção de um prédio residencial e de um hotel. As fundações começam a ser construídas ainda este mês.O terreno havia sido vendido por R$ 6,4 milhões há dois anos, e era motivo de especulação no setor imobiliário. Situado na quadra da rua Brigadeiro Franco que faz esquina com a Rua Dr. Pedrosa, a área permaneceu cerca de 12 anos ociosa, depois de abrigar durante décadas um depósito militar, ao lado do quartel onde hoje é o Shopping Curitiba.

Quem comprou a maior parte do terreno foi a GFA Incorporações, em uma concorrência realizada em 2004 pelo Exército. Os sócios nesse empreendimento, Ênio Fornea Jr., Lincoln Gasparin e José Augusto Arruda, dizem que vão investir capital próprio, mas não revelam os valores envolvidos na obra. No mercado local da construção, estima-se que o investimento chegue a R$ 40 milhões, considerando-se o tamanho das edificações e o valor do Custo Unitário Básico (CUB) calculado para a região de Curitiba em julho. Uma outra parte do terreno foi vendida na mesma concorrência para a Jatobá Investimentos, que afirma não ter planos de construção ainda.

A área é considerada estratégica pela localização. "Depois da compra, uma pesquisa de mercado mostrou a carência de apartamentos de dois dormitórios na região", explica o empresário Ênio Fornea Jr.. A decisão do trio de investidores foi levantar um prédio com 192 apartamentos nesse formato, com 115 m2 cada. O hotel, assim como o prédio residencial, tem previsão de lançamento para daqui a três anos. Serão 250 quartos, enquadrados na categoria "três estrelas".

A ótima localização traz uma complicação para a obra. Os horários são limitados para entrada e saída de caminhões, e não podem coincidir com o de trânsito intenso. A Diretran ainda deverá estabelecer os períodos. "Imagino que tenhamos duas horas pela manhã e mais duas pela tarde", diz Fornea. Durante a obra devem ser contratadas 150 pessoas.

Segundo ele, o projeto arquitetônico é "espetacular". O desafio do escritório Jayme Bernardo Arquitetura foi garantir o fluxo nas garagens no terreno de formato difícil, um retângulo de 143 por 22 metros. Na esquina com a rua Dr. Pedrosa será erguido o hotel. No terreno do meio da quadra, as duas torres residenciais.

A GFA existe há apenas cinco anos, mas seus sócios atuam há cerca de 40 no mercado curitibano. A empresa é dona de um empreendimento no setor hoteleiro, o Mercure Curitiba Batel, na Avenida Ângelo Sampaio. Se decidir permanecer dentro do grupo francês Accor, o hotel em construção pode abrigar a bandeira Ibis, de categoria econômica. Outra obra em fase de acabamento fica na mesma quadra, porém com face para a Rua Desembargador Motta. Uma terceira fica no bairro Água Verde, onde três torres de apartamentos já estão concluídas.

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