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Apagão no Nordeste afeta 37 mil consumidores no Paraná, diz Copel

A interrupção do fornecimento da energia elétrica em Piauí, Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Rio Grande do Norte também atingiu o Paraná, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel)

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O apagão de energia que atingiu todos os Estados do Nordeste, na tarde de hoje, foi provocado por queimadas em duas linhas de transmissão privadas no Piauí, que fazem a interligação entre o sistema do Norte e do Nordeste.

O primeiro desligamento ocorreu às 14h58, na ligação entre Ribeiro Gonçalves e São João do Piauí. A linha é operada pela IENNE, empresa controlada pela espanhola Isolux. Este circuito foi religado às 15h04, mas houve um novo desligamento, pelas mesmas razões, às 15h06.

Pouco depois, também devido a queimadas, outra linha de transmissão que conecta Ribeiro Gonçalves a São João do Piauí, foi desligada às 15h08. Esta linha é operada pela Taesa, empresa controlada pela Cemig.

As informações são do ONS (Operador Nacional do Sistema). Diante do problema, houve perda de "sincronismo e consequente separação da região Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional".

A perda de carga foi de 10.900 MW, o que provocou o desligamento adicional das seguintes linhas: Presidente Dutra/Teresina, Presidente Dutra/Boa Esperança e Bom Jesus da Lapa/Rio das Éguas.

Ainda de acordo com o ONS, a recomposição da energia foi concluída às 17h30 nas capitais do Nordeste.

A presidente Dilma foi informada do apagão logo no início da tarde de hoje, quando estava no Palácio da Alvorada. Irritada, por temer exploração política do caso pela oposição, que a acusa de tomar medidas intervencionistas no setor, a presidente determinou à sua equipe rapidez no restabelecimento da energia e investigação sobre a origem do problema. Por volta das 17h ela recebeu as informações sobre os motivos do apagão e que a energia já estava sendo restabelecida em todas as capitais.

Transtornos

O blecaute causou muitos transtornos para a população. Os reflexos mais imediatos se dão sobretudo no trânsito, em razão dos sinais apagados, e nas redes de comunicação.

Em Salvador todos os semáforos pararam de funcionar, segundo a empresa municipal de trânsito. Comerciantes estavam fechando as portas mais cedo em decorrência da queda dos sistemas de pagamento.

O blecaute também afetou o funcionamento da sinalização de trânsito em Fortaleza, que já registra engarrafamentos e filas nos pontos de ônibus. Pelo menos um hospital particular suspendeu o atendimento de emergência em casos mais simples em razão da impossibilidade de realização de exames.

Também há inúmeros relatos de pessoas presas em elevadores. Na capital baiana, em apenas uma rua no bairro da Pituba, região nobre da cidade, cinco prédios registravam o problema.

Felipe Plessim, 27, conversou com a reportagem enquanto estava preso no elevador de seu prédio. Afirmou que estava indo para a faculdade e que provavelmente perderá as aulas, mas que a situação estava tranquila porque ainda conseguia falar pelo celular.

No Piauí, o apagão afetou todos os 224 municípios no Estado, causando transtornos principalmente nos hospitais e trânsito. A Eletrobras também confirmou apagão total em Alagoas, onde as escolas estaduais dispensaram os alunos mais cedo em razão da falta de energia.

Na Paraíba, as ligações de celular e a internet móvel foram afetadas. A comunicação estava complicada na capital, João Pessoa.

Histórico

Desde setembro do ano passado, quando Dilma anunciou que haveria um corte médio de 20% nas tarifas de energia aos consumidores a partir deste ano, ocorreram seis blecautes de grandes proporções em diversos Estados brasileiros.

No ano passado, as falhas no fornecimento de energia fizeram o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) vir a público para tranquilizar a população.

Na época, ele disse que não haveria racionamento de energia elétrica no país "nem agora, nem nunca mais".

No último apagão de 2012, mais de 3,5 milhões de consumidores, em 12 Estados, ficaram sem luz por uma hora.

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