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Apagão
Diretor-geral do ONS afirmou que origem do apagão será conhecida em até 48 horas a partir da falha no Ceará.| Foto: André Coelho/EFE

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, diz que dentro de 48 horas o órgão vai determinar a origem exata da “perturbação no sistema” que resultou no apagão que afetou 25 estados e o Distrito Federal nesta terça-feira (15).

Ciocchi ressaltou que, até o momento, a informação disponível indica a ocorrência de uma "variação profunda e não programada de frequência" em uma região elétrica do Ceará. Ele destacou que essa área abriga diversas empresas operadoras de subestações, linhas de transmissão e equipamentos geradores. Portanto, ainda não é possível afirmar se o problema teve origem em um equipamento específico de alguma empresa.

“É um desafio entender precisamente o que ocorreu. Não estamos lidando com uma única linha ou subestação. Trata-se de um conjunto de linhas e geradores interligados”, afirmou ao Valor Econômico.

O diretor-geral do ONS também comunicou que uma análise mais abrangente será realizada ao longo de um mês, por meio de um Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que esclarecerá definitivamente as causas do incidente.

Ciocchi também afirmou que a ocorrência no Ceará pode ter sido responsável por uma segunda perturbação que foi detectada pelo sistema, embora a localização ainda não tenha sido determinada. Em torno de 29 milhões de pessoas em todo o país foram afetadas pelo apagão que demorou seis horas para ser completamente resolvido.

“O mais provável é que o evento no Ceará tenha causado uma variação de frequência muito brusca e inesperada ou foi efeito de outra ocorrência que ainda não conhecemos”, explicou.

Ele reiterou que todas as possibilidades estão sendo consideradas, incluindo falha de equipamento, erro humano, procedimentos operacionais incorretos, entre outras.

Em uma entrevista coletiva no final da tarde de terça (15), o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, não descartou a possibilidade do apagão ter sido provocado por “falha humana ou até dolo”. Ele determinou que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investiguem as causas do blecaute.

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