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Segundo o sindicato, 60% dos 6,7 mil trabalhadores dos Correios no Paraná teriam aderido à greve nesta quinta. Já os Correios afirmam que 92,36% dos funcionários compareceram ao trabalho | Aliocha Mauricio / Tribuna do Paraná
Segundo o sindicato, 60% dos 6,7 mil trabalhadores dos Correios no Paraná teriam aderido à greve nesta quinta. Já os Correios afirmam que 92,36% dos funcionários compareceram ao trabalho| Foto: Aliocha Mauricio / Tribuna do Paraná

Consumidores podem ser indenizados por atraso de entrega de correspondências

Consumidores que forem prejudicados por atrasos na entrega de correspondências ou encomendas têm direito a receberam indenização. Segundo Cláudia Silvano, diretora do Procon-PR, caso seja comprovado o prejuízo, empresa e Correios podem ser multados. "Questões entre empregados e empregadores não devem prejudicar os consumidores", afirma.

O consumidor deve procurar alternativas, como solicitar as contas por e-mail ou imprimir segunda via pela internet. As empresas são responsáveis por fornecer esses caminhos alternativos.

Em caso de alguma irregularidade, a pessoa pode fazer reclamação formal pessoalmente no Procon ou encaminhar o documento por meio das instruções do site do órgão.

Pelo menos uma agência paranaense dos Correios não funcionou neste primeiro dia de greve. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom), a agência de São Mateus do Sul, no Sul do estado, não abriu por causa da paralisação, que começou na noite desta quarta (29). A assessoria dos Correios afirma que todas as agências do estado funcionaram normalmente nesta quinta. "Todas as agências estão abertas, todos os serviços estão disponíveis e a entrega de cartas e encomendas está normal", diz a nota enviada aos jornalistas.

"No decorrer dos dias pode acontecer que outras agências não abram, já que os trabalhadores vão aderindo gradualmente à greve", afirma Wilson Dombrovski, secretário de comunicação do Sintcom. A recomendação do sindicato, porém, é de que as agências permaneçam abertas, mas com número de funcionários reduzido – o que pode acarretar atrasos na entrega de correspondências.

A reportagem tentou entrar em contato com a agência de São Mateus do Sul para esclarecer se o local permaneceu fechado ou não, mas ninguém atendeu as ligações durante a tarde desta quinta-feira (30). Pode ser que outras agências no interior tenham sido fechadas em decorrência da greve, mas nem a coordenação da paralisação foi informada nesta quinta.

Segundo o Sintcom, 60% dos 6,7 mil trabalhadores dos Correios no Paraná teriam aderido à greve. Já os Correios afirmam que 92,36% dos funcionários compareceram ao trabalho. O número, segundo o órgão, é checado por sistema eletrônico de ponto.

No estado, aderiram à greve trabalhadores de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel, entre outras cidades. Em Maringá, onde também houve assembleia, os funcionários decidiram pelo estado de greve, que é o alerta para uma possível paralisação.

Greve continua

Em assembleia que ocorreu por volta das 16h em frente à sede dos Correios, na Rua João Negrão, no Centro de Curitiba, foi decidida a manutenção da greve por tempo indeterminado, segundo o Sintcom.

No Brasil

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que congrega sindicatos por todo o país, afirma que foi decretada paralisação de carteiros e assistentes administrativos dos Correios no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Campinas, São José do Rio Preto, Piauí, Amazonas, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Vale do Paraíba e Roraima.

Os Correios dizem que a adesão à greve nesses locais seria "mínima". E que 20 dos 35 sindicatos decidiram por não aderir à greve – entre eles os mais maiores do pais, de São Paulo e Rio de Janeiro.

Motivo da greve

Os funcionários alegam que os Correios descumpriram o dissídio coletivo com a criação do Postal Saúde, que é considerado pela categoria uma "terceirização" do plano de saúde dos trabalhadores. Segundo Dombrovski, caso a nova forma de gerenciamento dos serviços médicos e odontológicos seja implantada pela empresa, os trabalhadores terão de pagar por exames e consultas – o que não ocorre atualmente. Os Correios rebatem a informação e argumenta que não haverá cobrança de mensalidades ou tarifas e que os benefícios dos trabalhadores estão garantidos.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) entrou com processo jurídico contra a criação do Postal Saúde, mas alega que o julgamento já teria sido adiado cinco vezes.

Segundo o Sintcom, a negociação se dá diretamente entre os Correios e a Fentect. Não ocorreu negociação nesta quinta-feira.

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