As passagens aéreas apresentaram recuo nos preços, pouco antes do início da Copa do Mundo, contrariando a expectativa de que o item pressionaria a inflação no meio deste ano por causa do evento esportivo. A queda na demanda por viagens de negócios, a compra antecipada das passagens por parte de consumidores e a própria desaceleração na economia contribuíram para que as tarifas ficassem mais baratas. O recuo foi de 21,11%, ajudando na desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O aumento na demanda de turistas foi compensado pela redução no fluxo de viagens de negócios, segundo o economista Cleveland Prates, sócio-diretor da Pezco Microanalysis. Além disso, não são muitas pessoas que viajam.
Na Copa das Confederações, 70% dos torcedores viviam em lugares distantes até 200 quilômetros do local dos jogos, segundo Prates. Em pesquisa recente, a Confederação Nacional do Comércio apurou que 74,4% dos brasileiros não viajariam durante a Copa e só 8,4% usariam transporte aéreo.
Teto
Como garantia de que não haveria cobranças abusivas, algumas companhias chegaram a anunciar o estabelecimento de um teto tarifário. As empresas Azul e Avianca informaram que nenhum bilhete custaria mais de R$ 999 durante a competição. Mas não informaram agora como ficaram seus preços.
Em nota, a TAM informou que 60% das passagens aéreas domésticas comercializadas para o período da Copa do Mundo foram vendidas por preços abaixo de R$ 200. A companhia afirma ter remanejado a malha aérea para atender à alta concentração de procura por rotas que incluem as cidades-sede.
Segundo a Gol, possíveis picos de demanda por parte de torcedores serão compensados pela diminuição da procura por passageiros corporativos. Além disso, quem comprou os bilhetes com antecedência conseguiu garantir preços mais em conta. "Com isso, 85% das passagens podem custar até R$ 499, levando-se em conta a proximidade da data da viagem", disse a Gol, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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