Maria Aparecida Gonçalves, de 28 anos, rompeu o namoro na semana passada. Está revoltada com o namorado José Silva (nome fictício), que está com tudo pronto para "fazer a América". Ele tem emprego em Governador Valadares, trabalhando com transporte escolar, mas está disposto a driblar a fiscalização na alfândega americana para ganhar um pouco mais nos Estados Unidos.
"Dá para acreditar que, com tanta gente voltando, ainda tem bobo querendo ir?" Além do namorado, seu irmão também está de passagem comprada e malas prontas para mudar-se, clandestinamente, para Boston. Um grupo de amigos também partiu, na última segunda-feira (23).
A pesquisadora Suelei Siqueira, da Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), não tem dúvida de que os valadarenses vão continuar emigrando para os Estados Unidos. "Falta emprego na região e, para qualquer valadarense, parece mais fácil arrumar emprego nos Estados Unidos do que em São Paulo." "Voltar para o Brasil é uma ilusão", desabafa o fotógrafo Tadeu Puppo, de 55 anos. Ele chegou há poucos meses, depois de passar seis anos como imigrante ilegal, trabalhando até como garçom e jardineiro.
O que fez a família de Puppo voltar ao Brasil foi a impossibilidade de a filha Mariana, de 20 anos, se matricular em uma boa faculdade americana - na qual conquistou bolsa de estudos - por causa da situação irregular. "Se eu pudesse, voltaria amanhã para a América", garante o fotógrafo.
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