As pequenas e médias empresas brasileiras estão menos confiantes na economia no primeiro trimestre de 2013. Mesmo assim, a expectativa dos empresários melhorou em relação a aumentar o número de empregados e a fazer mais investimentos. As conclusões são de pesquisa trimestral realizada pelo Santander em parceria com o Instituto Insper, que ouviu 1.390 empresas entre os dias 26 e 29 de novembro.
A partir das respostas, foi elaborado o IC PMN (Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios), que vai de 0 a 100. Um resultado de 50 pontos significa uma expectativa neutra. Se o índice estiver abaixo disso, indica pessimismo, e acima de 50 pontos otimismo.
O índice geral caiu de 74,1 para 73,2 em comparação com os dados referentes ao quarto trimestre de 2012. Para o professor de economia do Insper José Luíz Rossi, essa queda indica que as empresas continuam confiantes no ritmo de crescimento da economia, porém com velocidade menor.
Já a expectativa de investimentos passou de 71,3 no quarto trimestre de 2012 para 71,8 no início de 2013. A intenção de aumentar o número de empregados também teve alta, de 77,5 para 77,8. A maior queda foi em relação à expectativa de aumentar o faturamento: de 79,0 para 76,5. O otimismo em relação ao lucro caiu de 77,9 para 75,8.
Também foi realizada uma pergunta extra nesta edição do IC PMN a respeito da expectativa das empresas de utilizar crédito. Dos entrevistados, 28,6% disseram que devem usar mais crédito, 32,6% devem usar menos crédito e 38.8% não sabem.
Para Gilberto Abreu, diretor de segmentos do Santander, o grande número de empresas que ainda não sabem se utilizarão crédito no primeiro trimestre indica a necessidade de revisar o planejamento. "Se ainda não sabem, é porque não estão com seu planejamento afiado."
Setores
Enquanto a indústria e o comércio estão menos otimistas para 2013, o setor de serviços teve resultado positivo no índice. Passou de 73,3 para 74,3. Para o professor, a queda da expectativa no comércio, que foi de 75,3 para 72,6, pode ser explicada por um efeito sazonal, pois os primeiros meses do ano são mais fracos para o setor. Já a indústria teve queda de 0,4 pontos no indicador, indo de 74 para 73,6.
César Fischer, superintendente da área de pequenas e médias empresas do banco Santander, explica que o índice foi criado em 2008 e é divulgado trimestralmente. A distribuição dos setores é feita de acordo com a representatividade delas no PIB. Dessa forma, 51,9% dos entrevistados eram do comércio, 29,3% do setor de serviços e 18,8% da indústria.
Foram feitas seis perguntas a cada entrevistado, que deveriam responder se acreditavam que o ritmo da economia, emprego, seu setor de atuação, seus investimentos e o faturamento deveria aumentar, aumentar muito, permanecer estável, diminuir ou diminuir muito.
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