A desaceleração econômica chegou ao comércio on-line brasileiro. De acordo com a Pesquisa Profissional de E-commerce, 49% dos negócios registraram queda nas vendas em 2015. Os resultados ruins, porém, não frearam a expansão das empresas: 45% delas contrataram novos funcionários este ano, e apenas 27% precisaram demitir.
O mercado de e-commerce segue a linha ascendente nos últimos anos e os empreendedores se direcionam para esse setor para encontrar seu espaço, abrindo lojas especializadas, afirma, em nota, Daniel Cardoso, sócio-diretor da Universidade Buscapé Company, responsável pelo levantamento.
As posições com maior procura pelo setor são programador, analista de e-commerce e auxiliar de e-commerce, segundo levantamento da consultoria e-Vision Group, que faz recrutamento para o mercado digital. De acordo com a empresa, a oferta de vagas para essas especialidades cresceu 110%, 171% e 76%, respectivamente, entre o primeiro semestre de 2014 e o de 2015.
Em média, a oferta de trabalho na área aumentou 51%. A única colocação que registrou queda foi a de nível gerencial (-48%).
A demanda em alta por profissionais fez a exigência dos empregadores cair. Em uma escala de 1 a 5, a média de qualificação exigida em 2014 era de 4,32; esta ano, caiu para 4,28. O desempenho dos candidatos, por outro lado, subiu: de 3,21 no ano passado para 3,45 este ano.
O estudo, em sua quarta edição, entrevistou entre agosto e setembro 492 profissionais de comércio virtual, dos quais 51% são proprietários, 15% são gerentes, 13% analistas e 21%, outros cargos.
Perfil
A pesquisa traçou também as características de quem trabalha com lojas on-line. Os homens são a maioria (74%), com média de idade de 36 anos e qualificação superior (28% são pós-graduandos e 45% têm graduação completa). A renda média desse profissional é de R$ 5.077 por mês.
Os negócios, por sua vez, estão concentrados na região Sudeste, que abriga 70% dos trabalhadores da área, seguida pela Sul, com 20%. O estado com mais profissionais de e-commerce é São Paulo, com 55% do total.
Para os empregadores, as habilidades mais importantes esperadas de um funcionário são organização e planejamento, foco em resultados e flexibilidade e inovação. Os pontos críticos que precisam ser aprimorados pelos profissionais são marketing digital, uso de ferramentas de análise de dados e adoção da tecnologia mobile (via celular).
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