A aplicação de parte do saldo dos trabalhadores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em obras de infra-estrutura deverá injetar até R$ 8 bilhões em investimentos produtivos do fundo, disse segunda-feira (29) o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Durante encontro com jornalistas, o ministro afirmou que espera, para o próximo ano, a adesão maciça dos trabalhadores nova modalidade de aplicação.
Anunciado como uma das novidades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no final de 2006, o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) começou a vigorar em 2007 e já recebeu cerca de R$ 15 bilhões diretamente do governo para financiar obras nas áreas de energia, transporte e saneamento. O governo agora pretende permitir que o trabalhador aplique até 10% do valor que tem no FGTS nesses empreendimentos.
De acordo com Lupi, a proposta só será apresentada ao Conselho Curador do FGTS em reunião prevista para março, mas a operação tem aval do governo. Ele não descartou a possibilidade de ampliação do limite de 10% para o investimento. Podemos propor que o trabalhador possa aplicar mais de 10% do FGTS em obras, mas nesse caso precisaríamos mudar a lei, destacou.
Para o ministro, o uso de parte do FGTS em obras representa uma opção atrativa para o trabalhador por causa dos rendimentos previstos. Parado na conta do FGTS, o dinheiro rende o equivalente Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. Os investimentos em infra-estrutura renderão pelo menos a TR mais 6% ao ano, assegurados pelo Tesouro Nacional.
Isso representa uma opção para o trabalhador aumentar a conta no FGTS sem risco porque tudo está garantido pelo Tesouro, argumentou Lupi. Em relação a uma possível reabertura de compra das ações da Petrobras com recursos do FGTS, o ministro disse ser pessoalmente favorável medida, mas ressaltou que o assunto ainda não foi discutido pelo governo.
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