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A idéia por trás do Tesouro Direto é muito boa: permitir que os cidadãos tenham acesso à compra de títulos do governo federal. Até a criação do sistema on-line, em 2002, esses papéis eram negociados com os chamados "investidores institucionais" – bancos, basicamente. A criação do Tesouro Direto e a possibilidade de fazer aquisições pela internet mudou de vez esse mercado, como benefícios claros para o pequeno investidor, que pode fazer aplicações com valores a partir de R$ 100.

Mas, afinal, o que é isso?

Títulos públicos são pedacinhos da dívida do governo federal, mais ou menos como uma nota promissória. O governo os emite para que tenha dinheiro em caixa para financiar seus próprios gastos, sem que seja obrigado a imprimir mais moeda, o que causaria inflação. Quem compra esses papéis tem a garantia da União de que vai receber o dinheiro que desembolsou, mais juros, ao fim de um prazo determinado. Simples assim.

Para atuar no Tesouro Direto é preciso se cadastrar. Isso é feito por meio de um agente de custódia, que pode ser o banco onde o investidor tem conta ou uma corretora, por exemplo.

Atualmente é possível comprar três tipos de papéis. As NTN-B são Notas do Tesouro Nacional, que pagam uma correção igual ao IPCA e mais juros. Nessa época de inflação relativamente alta, têm sido uma boa opção. A LTNs (Letras do Tesouro Nacional) pagam uma taxa fixa – pré-fixada, como se diz em financês –, que podem "perder" para a inflação. E as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) pagam ao aplicador o mesmo que a taxa Selic, que é estabelecida periodicamente por um comitê do Banco Central.

É bom lembrar que os títulos do Tesouro Direto não pagam juros diários, como as aplicações de renda fixa a que muitos estão acostumados. O resgate é apenas no vencimento, com uma exceção: a NTN-B Normal paga juros semestrais ao aplicador. O valor principal, no entanto, só é resgatado ao fim do contrato. Quem entrar hoje no site do Tesouro Direto encontra NTN-B com vencimento de 2010 até 2045.

A vantagem do Tesouro Direto sobre os fundos de renda fixa está na taxa. Os fundos cobram taxa de administração, que come parte do rendimento. No Tesouro Direto, as taxas são muito mais baixas – e várias instituições não cobram nada.

Melhor do que isso, só se fosse como nos Estados Unidos, cujo "Treasury Direct" inspirou o governo brasileiro. Lá a transação é sem intermediários ou custodiantes. E as pessoas contam com ferramentas para planejar aposentadoria, compra de imóveis e pagamento da faculdade dos filhos com títulos.

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