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Helicóptero sobrevoa o Centro Administrativo Xaxim, do HSBC, para levar funcionários para trabalhar, evitando o piquete dos sindicalistas | Aniele Nascimento - Gazeta do Povo
Helicóptero sobrevoa o Centro Administrativo Xaxim, do HSBC, para levar funcionários para trabalhar, evitando o piquete dos sindicalistas| Foto: Aniele Nascimento - Gazeta do Povo

Centros administrativos com atividades paralisadas em Curitiba e região

HSBC

- Vila Hauer- Kennedy- Xaxim- Palácio Avenida

Banco do Brasil

- Tiradentes- CSO (Champagnat)- Central de Atendimento em São José dos Pinhais- Portão- Rockfeller

Caixa Econômica Federal

- Conselheiro Laurindo- Carlos Gomes- Mauá

Bancários de Curitiba e região metropolitana entraram em greve por tempo indeterminado

Os bancários prometem intensificar ainda mais a greve no segundo dia de paralisação em Curitiba e região metropolitana, nesta quinta-feira (9). Cerca de 12 mil funcionários, de 107 agências, cruzaram os braços e deixaram de trabalhar nesta quarta (8). A previsão da categoria é aumentar ainda mais o número de instituições financeiras fechadas.

O único serviço disponível aos clientes dos bancos será o auto-atendimento. A diretora de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Sônia Boz, afirmou que os serviços de saque e depósito estarão normais durante a greve. "Haverá dinheiro em todos os caixas e as pessoas não precisam se preocupar. Elas também vão poder efetuar pagamentos", lembra a sindicalista. "Queremos causar um impacto nos bancos, não nos clientes".

A estratégia do primeiro dia de paralisação foi a de centralizar a greve nos 11 centros administrativos. Já para esta quinta-feira, o sindicato quer estender a interrupção das atividades para as principais agências do Centro da capital. "Vamos permanecer fechados e, além disso, ampliar o número de agências em greve", disse Sônia.

No interior do Paraná, 123 agências paralisaram as atividade e cerca de 2.500 bancários aderiram à greve. As cidades que tiveram seus trabalhos interrompidos foram: Londrina (Norte), Apucarana (Norte), Toledo (Oeste), Paranavaí (Noroeste), Campo Mourão (Centro-Oeste), Umuarama (Noroeste), Guarapuava (Central) e Arapoti (Campos Gerais). Os municípios de Maringá (Noroeste), Cascavel (Oeste) e Foz do Iguaçu (Oeste) tiveram funcionários que aderiram a paralisação espontaneamente.

O sindicato confirmou que não teve nenhuma resposta positiva sobre o primeiro dia da paralisação, porém há um breve sinal de negociações entre trabalhadores e bancos. A decisão da greve foi tomada em assembléia na terça-feira (7) à noite. Ao todo, há 329 agências Curitiba e região, onde trabalham cerca de 18 mil bancários, dos quais 66% já estariam mobilizados.

Pelo menos 80 agências da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco no Brasil (BB) em Curitiba e na região metropolitana estavam fechadas, o que significa a adesão de 90% nas agências de bancos públicos. Além dessas, sete agências de bancos privados também não abriram nesta quarta-feira, segundo o sindicato: três do HSBC, três do Unibanco e uma do Itaú. (Confira as unidades administrativas que ficaram paralisadas ao lado).

Piquetes

De acordo com o presidente do sindicato, Otávio Dias, não haverá atos de protesto ou manifestações, mas grupos de bancários vão se concentrar em frente às unidades administrativas dos bancos para convencer todos os funcionários a aderirem ao movimento grevista.

Durante a manhã, de acordo com o sindicato, helicópteros foram avistados sobrevoando o Centro Administrativo Xaxim, do HSBC, para levar funcionários para trabalhar, evitando o piquete dos sindicalistas. A assessoria de imprensa do HSBC disse que a prática é legal, e faz parte de um plano de contingência do banco, que já foi utilizado durante a greve do ano passado.

O banco confirma ainda, por meio da assessoria de imprensa, que seus quatro centros administrativos localizados em Curitiba estão fechados, mas informa que está adotando seu plano de contingência para operar em períodos de paralisação.

Reivindicações

Os bancários reivindicam aumento salarial de cerca de 13%, sendo 8% de perdas com inflação e 5% de aumento real. Também pedem mais investimento dos bancos em segurança nas agências e imediações; mais contratações; aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dentre outras reivindicações.

Dias conta que a categoria realizará assembléias todos os dias para avaliar a continuidade da paralisação. "Por enquanto não há nenhuma agenda de negociação. Vamos pressionar até que haja um retorno à discussão", diz.

Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informa que acredita que chegará brevemente a um acordo com os sindicatos de bancários sobre a convenção coletiva de trabalho da categoria. A assessoria de imprensa da entidade patronal diz que, por enquanto, é o que tem a dizer sobre a greve.

Orientações

Ainda em nota, a Fenaban dá orientações aos usuários do sistema bancário. "Como algumas agências estão sendo alvo de paralisações, os consumidores que tiverem dificuldades em pagar contas por causa de piquetes e paralisações promovidas por sindicalistas têm à disposição todas as demais agências e os canais de atendimento remoto, composto por 45,2 mil postos de atendimento e pela rede de 84, 3 mil correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados", diz o texto.

"Além disso, os consumidores podem pagar contas que estiverem dentro do prazo de vencimento utilizando as centrais telefônicas dos bancos. Os clientes podem contar, ainda, com os serviços de débito automático oferecidos pelas concessionárias em parceria com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo), além de realizar transações com total segurança por meio de internet banking, telefone e mobile banking - operações por meio de celulares. Todos esses canais funcionam e funcionarão normalmente, assim como os serviços de compensação de cheques, transferência de recursos via Documento de Ordem de Crédito (DOC) ou Transferência Eletrônica Disponível (TED), o recolhimento de depósitos e pagamentos nos caixas eletrônicos e o abastecimento de numerário desses equipamentos".

Para quem tem contas com vencimento nos próximos dias, as casas lotéricas fazem grande parte dos serviços bancários, como recebimento de boletos de qualquer banco, inclusive impostos (exceto IPVA parcelado e guias GR e DARF) até o valor de R$ 500. Ainda nas lotéricas, correntistas da Caixa podem pagar contas do banco até o valor de R$ 2 mil, sacar até R$ 1 mil e depositar até R$ 500; enquanto clientes do Banco do Brasil podem sacar até R$ 200.

Nas agências dos Correios, qualquer pessoa pode pagar tributos federais e estaduais, faturas e títulos, contas de água, luz e telefone e boletos de qualquer banco dentro do vencimento. Correntistas do Bradesco (parceiro atual do Banco Postal) podem sacar até R$ 600 por dia e fazer depósitos.

Em nota enviada à imprensa, o HSBC orienta aos seus clientes que, tendo alguma dificuldade em utilizar suas agências bancárias, procurem um dos canais alternativos de atendimento, como internet banking, caixas eletrônicos e phone centre.

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