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Cronologia

A greve dos bancários chegou, nesta quarta-feira (22), ao seu 15º dia com 150 agências bancárias fechadas em Curitiba e região metropolitana. Confira o dia-a-dia do movimento:

8 de outubro - reunidos em assembléia, os bancários de Curitiba e região decidem aderir à greve nacional.

9 de outubro - 155 agências e 11 centros administrativos ficam sem expediente. Para furar os bloqueios da greve, o HSBC leva funcionários de helicóptero ao centro administrativo do banco.

10 de outubro - sindicato denuncia "pressão" de bancos para que funcionários cumpram jornadas em horários alternativos com os planos de contingenciamento.

13 de outubro - Na comemoração dos 200 anos do Banco do Brasil, os bancários decidem em assembléia manter a greve. Os terminais de auto-atendimento continuam funcionando.

14 de outubro - banco Bradesco consegue na Justiça o interdito proibitório, instrumento que permite ao banco funcionar durante a greve.

15 de outubro - TRT de São Paulo faz acordo pela retomada das negociações entre o comando nacional dos bancários e a Fenaban. Correntistas reclamam de transtornos para compensar cheques, efetuar saques e pagar contas nos serviços de auto-atendimento.

16 de outubro - manifestação realizada no centro de Curitiba conta com a participação de cerca de 120 pessoas contratadas por R$ 40 – acrescidos de dois sanduíches de queijo e presunto cada um – para participar da campanha salarial dos bancários, das 6 horas da manhã até o fim da tarde.

17 de outubro - Fenaban propõe reajuste de 9% para trabalhadores com salário até R$ 1,5 mil e 7,5% para quem ganha acima deste valor. Bancários rejeitam a proposta.

20 de outubro - em nova reunião, sem chegar a um acordo, bancários decidem manter a greve. Em Curitiba, agências fechadas representam cerca de 47% do total.

21 de outubro - bancários exigem que os dias de paralisação não sejam descontados e decidem levar proposta à mesa de negociação.

22 de outubro - trabalhadores aceitam proposta da Fenaban. Bancários que recebem até R$ 2,5 mil terão 10% de reajuste, enquanto demais trabalhadores, que possuem salários mais altos, terão 8,5% de aumento. Serviços devem ser restabelecidos nesta quinta-feira (23), informou o sindicato dos bancários

O atendimento nas agências de bancos públicos e privados de Curitiba e região metropolitana deve ser totalmente restabelecido nesta quinta-feira (23). Após 15 dias de greve, os bancários decidiram, em assembléia, por fim ao impasse de negociações e aceitar a proposta de reajuste salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na noite desta quarta-feira (22).

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informou que a proposta aceita se mostrou necessária e que a greve não poderia continuar. Também foram aprovadas as propostas para reivindicações dos funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O sindicato da categoria confirma que todos os serviços estarão disponíveis nesta quinta-feira.

O aumento salarial dos trabalhadores, proposto pela Fenaban, será feito de acordo com dois índices. Os bancários que recebem até R$ 2,5 mil terão 10% de reajuste; quem possuir um salário maior deve receber 8,15% de aumento. Inicialmente, a reivindicação dos bancários era a de um aumento salarial de 13%, sendo 8% de perdas com inflação e 5% de aumento real.

Paralisação

Nesta quarta-feira, o décimo quinto dia de greve, das 329 agências de Curitiba e região metropolitana , 150 ficaram de portas fechadas, segundo o sindicato da categoria. Além das agências, 12 centros administrativos – um do Bradesco, três da Caixa Econômica Federal, quatro do Banco do Brasil e quatro do HSBC – não abriram.

Interior

No interior do estado a greve também chegou ao fim. Em Londrina e região, Norte do Paraná, os bancos devem voltar às atividades normais nesta quinta-feira. O presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina Geraldo dos Santos disse que os trabalhadores concordaram com a proposta da Fenaban e que agências privadas e públicas vão abrir as portas.

Como aconteceu em Curitiba, os sindicatos dos bancários de todo o Paraná realizaram assembléias ao longo desta quarta-feira. Esta semana, a mobilização dos trabalhadores começou a perder força na região Oeste do estado. Em assembléia realizada na manhã de terça-feira (21), os trabalhadores de bancos privados das cidades de Foz do Iguaçu, Medianeira e Santa Helena decidiram suspender a paralisação por tempo indeterminado e aguardar no trabalho uma nova proposta da Fenaban.

Ao todo, Foz do Iguaçu e região possuem 16 unidades de bancos privados, que representam 35% das 45 agências da cidade. Até a segunda-feira (20), todas as agências ficaram paralisadas, segundo o Sindicato dos Bancários de Foz do Iguaçu.

Contas e pagamentos

Com a greve dos bancários, a população enfrentou dificuldades para realizar o pagamento de contas. A procura por serviços bancários nas casas lotéricas, por conta dos convênios com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, lotou os estabelecimentos. Uma outra alternativa para os clientes foi recorrer aos serviços na internet e aos postos de auto-atendimento.

Polêmica

No último dia 16, a Gazeta do Povo noticiou que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região valeu-se da contratação de cerca de 120 pessoas para participar das manifestações pela campanha salarial da categoria. Cada "grevista" recebeu R$ 40, além de dois sanduíches. Em nota oficial, o sindicato se defendeu alegando que a atitude não é ilegal. Além disso, o sindicato justificou que a greve requer uma ampla organização para produção, impressão e distribuição de material e esclarecimento da população, e que a contratação destes trabalhadores tem por objetivo especialmente assegurar o emprego de quem atua em bancos privados

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