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O dólar interrompeu a trégua dos três últimos dias e voltou a subir nesta quarta-feira, seguindo de perto a volta da cautela no mercado internacional com a crise da dívida na Europa.

A moeda norte-americana fechou em alta de 1,75 por cento, a 1,8365 real para venda. Em setembro, o dólar acumula valorização de 15 por cento.

No exterior, o índice Reuters-Jefferies de commodities caía 2,5 por cento. Moedas de perfil semelhante ao real, como o peso mexicano, se desvalorizavam mais de 1 por cento em relação ao dólar.

O mercado continuava pendente de notícias sobre a crise da dívida na Europa. Inspetores do grupo de credores internacionais retornaram a Grécia para avaliar se o país pode receber a próxima parcela da ajuda externa.

"O que a gente entende hoje é que o default da Grécia é iminente", disse o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros. Após três dias de alta, o euro operava em queda, perto de 1,35 dólar.

O mercado à vista de câmbio, no entanto, continuava com condições normais de liquidez, com fluxo positivo em ao menos um grande banco nacional, segundo um operador.

No Brasil, os investidores prestaram atenção as discussões sobre o imposto em derivativos cambiais. O deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), relator na Câmara do projeto da medida provisória que estabeleceu a cobrança, propôs uma anistia às operações realizadas até 16 de setembro por "impossibilidade de apuração do tributo". Stephanes propôs também um mecanismo de compensação para exportadores que usam derivativos para fazer hedge cambial.

O mercado soube ainda do saldo negativo de 431 milhões de dólares no país na semana passada. Ainda assim, em setembro, o país registrava entrada líquida de 8,084 bilhões de dólares até o dia 23, informou o Banco Central (BC).

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,8131 real para venda, em alta de 0,68 por cento ante terça-feira.

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