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O dólar encerrou praticamente estável ante o real nesta quarta-feira (24), após operar em baixa durante boa parte do pregão. À tarde, com o final da reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, o mercado passou a acompanhar a intensa volatilidade das bolsas de valores internacionais.

O dólar terminou com oscilação positiva de 0,15%, a R$ 1,985 na venda, depois de chegar a cair quase 1% pela manhã.

Segundo profissionais do mercado, a moeda norte-americana recuou durante quase toda a sessão por uma entrada de dinheiro no mercado brasileiro, movimento que prevaleceu até a divulgação do comunicado do Fed.

"Aparentemente, (o comunicado do Fed) trouxe um efeito na relação entre euro e dólar e o real está acompanhando esse movimento", avaliou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper.

Dados dos EUA

O Fed avaliou que a economia norte-americana permanecerá fraca por algum tempo, apesar de ter notado um abrandamento da contração. De imediato, os investidores entenderam a leitura do banco central norte-americano como negativa, o que pesou sobre Wall Street.

O índice Dow Jones caía 0,4% no final da tarde, enquanto o Standard & Poor's 500 e o Nasdaq reduziram os ganhos.

O principal indicador da bolsa paulista monitorava o movimento desencontrado do mercado norte-americano e caía perto de 0,5%.

Ante uma cesta com as principais moedas mundiais o dólar ampliava a alta para 0,9 por cento no fim da tarde.

Segundo Marcos Forgione, operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, uma vez que as considerações do Fed trouxeram incerteza aos mercados, os investidores buscaram se proteger zerando posições na BMF Bovespa. "Isso ajudou a 'estressar' o dólar."

De acordo com os números mais recentes da bolsa, o volume de dólar negociado no segmento à vista era de US$ 2,2 bilhões.

Fluxo

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira que o fluxo cambial no país está positivo em US$ 380 milhões em junho até o dia 19.

A autoridade monetária também informou que comprou US$ 1,597 bilhão no mercado de câmbio à vista no mês, também com liquidação até o dia 19.

O BC reportou ainda que a posição comprada dos bancos caiu para 483 milhões de dólares em 19 de junho, ante US$ 1,338 bilhão no fim de maio.

Os investimentos estrangeiros diretos foram recordes para maio, em US$ 2,483 bilhões, e as aplicações em ações e renda fixa superaram o volume registrado há um ano, alcançando US$ 3,330 bilhões.

"Os números de investimento vieram bastante positivos e mostram a confiança no país", afirmou o chefe do Departamento Econômico, Altamir Lopes, ao apresentar os dados.

O BC também melhorou expressivamente o prognóstico para os investimentos externos em papéis domésticos de longo prazo e ações em 2009, que passou a um fluxo positivo de US$ 3 bilhões. A estimativa anterior era de saída de US$10 bilhões.

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