O Barclays anunciou um prejuízo líquido de 1,04 bilhão de libras em 2012, ante lucro líquido de 3,01 bilhões de libras em 2011, por causa do crescimento de suas dívidas. A receita líquida, entretanto, aumentou de 28,51 bilhões de libras para 29,04 bilhões de libras no período. Também nesta terça-feira (12), o banco britânico informou que cortará milhares de empregos, como parte dos esforços para reconstruir a sua reputação e se preparar para um ambiente regulatório mais rigoroso.
De acordo com o plano de três anos do executivo-chefe, Antony Jenkins, cerca de 3.700 vagas serão fechadas, a maioria delas no banco de investimento, para reduzir até 2015 em cerca de 9% a base de despesas de 18,5 bilhões de libras (US$ 29,1 bilhões).
O Barclays focará os futuros investimentos no Reino Unido, nos Estados Unidos e na África. Além disso, as deficitárias operações em varejo na Europa deverão priorizar os clientes mais ricos. O seu poderoso banco de investimentos, que historicamente respondeu por mais de metade do lucro, será "reposicionado" na Europa e Ásia, onde a divisão tem menos apelo com os clientes que no Reino Unido e nos EUA. Cerca de 1.600 postos de trabalho já foram cortados, sendo a maioria nas equipes de mercado de valores imobiliários do Barclays na Europa e na Ásia.
Desde a sua chegada em agosto, Jenkins prometeu reconstruir um banco com um apetite menor por risco e melhores relações com os reguladores. Mas o novo Barclays não é uma ruptura drástica com a estratégia adotada pelo executivo-chefe anterior, Robert Diamond - que reformulou a instituição em torno do banco de investimentos.
"O Barclays está mudando", afirmou Jenkins em comunicado. "Nós pretendemos mudar o que o Barclays faz e como fazemos. Para tanto, estabelecemos claros compromissos com os quais o progresso pode ser mensurado." Ele declarou à rádio BBC que pode levar anos para as pessoas mudarem a impressão sobre o banco após uma série de escândalos, mas o Barclays agora está comprometido "em fazer dinheiro da forma certa."
Uma parte importante é reforçar a base de investidores do banco. A partir de 2014, o Barclays disse que aumentará os dividendos, tendo como meta pagamentos de 30%. A medida surge após críticas de acionistas de que uma parcela muito grande do lucro era destinada ao pagamento de funcionários. "Reconhecemos que as compensações estavam desequilibradas e nossos acionistas esperam melhores retornos que nossos empregados", disse Jenkins à emissora britânica. As informações são da Dow Jones.
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