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O dólar fechou estável nesta terça-feira, depois de uma sessão volátil e ainda atrelada ao mercado externo antes da reunião do G-20.

A moeda norte-americana fechou a R$ 1,699. No mês, o dólar tem desvalorização de 0,23% e, no ano, queda de 2,52%

"O dólar reagiu 90% ao exterior e 10% por alguma expectativa aqui dentro", disse o operador de câmbio de uma corretora local, que preferiu não ser identificado. "Todas as moedas, o euro principalmente, estão com uma volatilidade fora do normal", acrescentou.

A moeda comum tinha queda de 0,6% e se afastava de R$ 1,40 às 16h30, no terceiro dia de baixa em meio ao retorno das preocupações com os problemas fiscais em países europeus, com o Portugal, Irlanda e Grécia.

O principal foco das expectativas é com a reunião de cúpula do G-20, entre quinta e sexta-feira. China, Estados Unidos, Europa e países emergentes têm disparado críticas uns aos outros sobre a condução de políticas monetárias e cambiais, alertando para a desvalorização das moedas como mecanismo dissimulado para fortalecer as exportações.

Apesar da ansiedade, os investidores são céticos com a possibilidade de medidas concretas em âmbito global logo após a reunião. "Uma eventual sinalização é o (cenário) mais otimista que pode sair", disse o operador.

No Brasil, o mercado ainda trabalha com a previsão de que, dependendo do resultado do G-20, novas medidas podem ser anunciadas a partir da semana que vem para frear a valorização do real. Por isso, e também pela incerteza sobre a equipe econômica do governo de Dilma Rousseff, o real tende a ter um desempenho pior que outras moedas emergentes, como o peso mexicano, afirmou Flavia Cattan-Naslauski, do RBS Securities.

Sobre o fluxo de dólares, que supera 24 bilhões de dólares no ano, as notícias indicam a continuidade da entrada de capitais no país. De acordo com o IFR, serviço de informações financeiras da Thomson Reuters, a demanda pelos bônus de 10 anos de uma subsidiária da Odebrecht já é duas vezes maior que a oferta de 1,5 bilhão de dólares.

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