Aquecimento do setor preocupa e Palladium quer acelerar obras

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A administração do Palladium Shopping Center, que deve ser inaugurado em Curitiba em abril de 2008, entregou ontem aos lojistas as pastas técnicas, que vão permitir o início dos projetos arquitetônicos. Os empreendedores estão preocupados com o aquecimento do mercado imobiliário e a possibilidade de escassez de materiais e por isso querem acelerar os projetos das lojas. A construção do shopping, que fica no bairro Portão, está dentro do cronograma. Já as obras viárias nas proximidades, executadas pela prefeitura mas pagas pelo Palladium, devem ser retomadas em breve e finalizadas até janeiro.

"De posse das pastas, os lojistas podem orçar e executar os projetos arquitetônicos", diz o empreendedor do shopping, Anibal Tacla. A intenção é que todas as lojas estejam prontas no momento da inauguração. Apenas a sala de cinema em terceira dimensão Imax, uma das principais atrações do empreendimento, deve ser aberta posteriormente, para evitar que os equipamentos de alta tecnologia tenham contato com o pó gerado nas obras. Ainda não há salas desse tipo no Brasil. No ano que vem, um shopping de São Paulo também vai oferecer o Imax. O ingresso para essa atração deve ser um pouco mais caro do que o cobrado tradicionalmente, segundo Tacla. Por outro lado, o estacionamento no local, com capacidade para receber 2,1 mil vagas, será gratuito por tempo indeterminado.

O shopping, que recebeu investimentos de R$ 280 milhões, terá 182,4 mil metros quadrados de área construída e será o maior da Região Sul. Há 17 lojas-âncoras e 356 no total. Atualmente, 92% dos espaços já estão locados. O empreendimento também conta com um prédio comercial, que vai contar com serviços como laboratório de análises clínicas, escolas de línguas e provavelmente um curso de pós-graduação. De acordo com Tacla, muitos escritórios já estão ocupados, mas o lançamento comercial do edifício só ocorrerá após a inauguração do shopping.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou 25% do valor do shopping. Do total investido, R$ 7 milhões foram destinados às obras viárias, como a trincheira que passará embaixo da avenida Kennedy. Segundo Tacla, a prefeitura de Curitiba garantiu na justiça o direito de desapropriar partes dos terrenos de dois edifícios residenciais, o que permitirá a conclusão da obra. Um dos prédios já recebeu a indenização e o outro edifício ainda está passando por avaliação do perito.