O Gabinete da Arábia Saudita aprovou um orçamento de 2015 que projeta um leve aumento no gasto e uma queda significativa das receitas devido à queda dos preços do petróleo, o que resultará em um déficit de aproximadamente US$ 39 bilhões.
Em um sinal da crescente pressão financeira, o Ministério das Finanças afirmou que o governo tentará cortar salários e subsídios, o que "contribuirá para amortizar cerca de 50% do total das despesas orçamentárias". Isso poderia agitar o ressentimento entre os jovens do reino, que compõem a maioria da população e estão com cada vez mais dificuldades para encontrar habitação a preços acessíveis e salários que cubram seu custo de vida.
O preço do petróleo - a espinha dorsal da economia da Arábia Saudita - caiu quase pela metade desde o verão. A Arábia Saudita é extremamente rica, mas existem disparidades de riqueza profundas e o desemprego entre os jovens deverá crescer rapidamente devido a falta de novos empregos no setor privado. O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que quase dois terços dos sauditas empregados trabalham para o governo.
No auge das manifestações da Primavera Árabe em 2011, o Rei Abdullah prometeu US$ 120 bilhões para financiar vários projetos incluindo a criação de empregos e aumento de salários no setor público. O movimento foi amplamente considerado como um esforço para apaziguar o público e neutralizar qualquer ameaça ao regime monárquico.
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