O governo argentino anunciou ontem a ampliação e prorrogação do congelamento de preços de alimentos, produtos de limpeza e perfumaria em várias redes de supermercados do país. O programa Preços Cuidados, que entrou em vigor no dia 1.º de janeiro e duraria três meses, se estenderá até o fim de junho com o acréscimo de 108 novos produtos à lista de 194 que já estavam com preço fixo. "Não é um congelamento imposto pelo Estado, mas um conjunto volumoso de acordos voluntários com diferentes empresas", afirmou o ministro da Economia, Axel Kicillof, durante o anúncio.
Para Kicillof, o programa de congelamento de preços, lançado no início do ano para conter a inflação, foi um "êxito". O secretario de Comércio Interior, Augusto Costa, informou que mais 15 redes de supermercados de todo o país passarão a vender a cesta com 302 itens, além de pequenos armazéns.
Na nova etapa do Preços Cuidados, a Casa Rosada autorizou o reajuste de até 3,2% nos preços de alguns produtos, menos da metade da inflação acumulada no primeiro bimestre, de 7,3%. Após a maior desvalorização do peso em 12 anos, no fim de janeiro, o programa de congelamento de preços se tornou uma das obsessões da presidente Cristina Kirchner.
Em todos os seus pronunciamentos no mês que se seguiu à derrubada da moeda argentina, a mandatária convocou os consumidores a fiscalizarem os preços e atacou os donos dos supermercados que, segundo ela, aumentavam os preços.
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