O governo da presidente Cristina Kirchner usará, a partir desta semana, a polêmica Lei do Abastecimento para impedir novas altas nos preços dos combustíveis.
O anúncio, feito inicialmente pela agência estatal de notícias Télam, foi confirmado pelo chefe do gabinete de ministros, Aníbal Fernández. A Lei do Abastecimento - que pode ser aplicada aos bens de primeira necessidade, entre eles, alimentos, medicamentos e combustíveis - permite que o governo confisque mercadorias e feche empresas em caso de problemas no abastecimento.
Os analistas sustentam que, por trás da medida, está a tentativa de deter a escalada da inflação, que a administração Kirchner não consegue combater. O governo afirma que a inflação acumulada até julho foi de 6,7%. Mas segundo estimativas de economistas independentes, associações de defesa dos consumidores e sindicatos, a inflação real acumulada entre janeiro e julho superou os 14%.
A Federação de Empresários de Combustíveis (Fecra), que reúne os donos de postos de gasolina, reclamou formalmente da tentativa de controle de preços. "Os preços dos combustíveis são livres. Se ocorrem aumentos é porque não existe petróleo suficiente no país e é preciso importar", afirmou Rosario Sica, líder da Fecra. Nos últimos 12 meses, os combustíveis aumentaram de 28% a 40%.
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