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O Brasil entra no segundo semestre com perspectivas de abastecimento satisfatório, com boa oferta da Argentina e uma safra doméstica recorde reduzindo a necessidade de importações, em um cenário bem menos turbulento que o registrado na segunda metade de 2014.

Há cerca de uma semana, a Argentina, tradicionalmente o principal fornecedor do Brasil, autorizou a exportação de uma cota adicional de 1 milhão de toneladas de trigo da temporada 2014/15, já colhida, elevando o volume autorizado de exportações para cerca de 4,7 milhões de toneladas.

“Boa parte dessa cota adicional vem para o Brasil. Nossa esperança é que governo argentino libere mais trigo. Eles têm disponibilidade de mais 3 milhões de toneladas”, disse o presidente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih, um dos principais executivos do setor no Brasil.

A Argentina caminha para retornar à liderança do fornecimento para o Brasil, posto que foi perdido para os Estados Unidos em 2014, devido a restrições de embarques impostas pelo governo da presidente Cristina Kirchner.

Nos cinco primeiros meses de 2015, a Argentina forneceu 82% do trigo importado pelo Brasil, contra 8% dos EUA. No total de 2014, o trigo norte-americano representou 46% do volume adquirido no exterior, contra 27% do grão argentino.

“O dólar valorizado favorece a importação de trigo argentino. O americano acaba ficando mais caro”, disse o analista Jonathan Pinheiro, da consultoria Safras & Mercado.

Além do câmbio, os fretes mais longos e a cobrança de tarifa para importações de fora do Mercosul (TEC) fazem com que o trigo dos Estados Unidos chegue a São Paulo 15 a 20% mais caro que o trigo paranaense. Na mesma comparação, o trigo argentino custa 9% mais, segundo a Safras.

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