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O chanceler argentino, Héctor Timerman, exortou os demais países do Mercosul a apoiar o seu país na disputa contra fundos especulativos e na criação de uma proposta para reformar o sistema financeiro internacional.

"A República Argentina agradece profundamente o apoio incondicional que tem recebido dos irmãos do Mercosul diante dessa grave situação", disse Timerman nesta segunda-feira (28), durante reunião de colegas do bloco. "É fundamental que, a partir desse primeiro passo, assumamos conjuntamente a liderança necessária para impulsar as adiadas reformas do sistema financeiro internacional".

"A ação dos fundos 'abutres' [especulativos] nos devem mobilizar a todos para trabalhar de maneira decidida, conjunta e coordenada para uma profunda reforma", afirmou Timerman.

Os presidentes do Mercosul se reúnem nesta terça-feira (29) em Caracas sob a ameaça de um novo calote, que pode ocorrer já no dia seguinte, quarta (30), caso a Argentina não entre em um acordo credores que estão em litígio com o país por não aceitarem um desconto de 70%, negociado durante a reestruturação da dívida, entre 2005 e 2010.

Apesar do apelo dramático de Timerman, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, não fez nenhuma menção ao impasse argentino com seus credores. No discurso pronunciado após o colega argentino, Figueiredo preferiu enfatizar a necessidade de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia e elogiar a volta do Paraguai como membro pleno do bloco.

"Sugerimos que, iniciada a nova Presidência pro tempore [a cargo da Argentina], realizemos prontamente um reflexão sobre os rumos e as prioridades da agenda externa do Mercosul. No caso do especifico das negociações entre o Brasil e a Europa, o Brasil mantém firme o seu interesse na conclusão de um acordo de associação inter-regional", disse Figueiredo.

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