Brasil e Argentina fazem hoje a primeira tentativa concreta de reduzir a tensão do conflito bilateral. Os dois governos vão negociar "gestos de boa vontade recíprocos" com a liberação de produtos de ambos os lados da fronteira. O objetivo é melhorar o clima político para realizar uma reunião que resolva o assunto.
Está prevista uma conversa hoje, por telefone, entre o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento do Brasil, Alessandro Teixeira, e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi. Eles vão discutir possíveis flexibilizações das barreiras que possam ser feitas até o fim de semana.
Não há definição sobre os produtos a serem liberados. As principais preocupações do setor privado são com os automóveis argentinos parados na fronteira com o Brasil e os chocolates e geladeiras brasileiros estocados nos depósitos alfandegários da Argentina. Em nenhuma hipótese o Brasil vai aliviar as barreiras unilateralmente.
Desde terça-feira da semana passada, o Brasil colocou os carros em licença não automática de importação. Filas de caminhões-cegonha vindos da Argentina estão paradas na fronteira. Em Buenos Aires, a medida foi vista como uma retaliação.
Se Teixeira e Bianchi conseguirem chegar a um acordo hoje sobre os "gestos de boa vontade", os dois vão se reunir em Buenos Aires na segunda e na terça-feira da semana que vem. Caso contrário, é provável que a reunião nem ocorra. Em um cenário otimista, os secretários colocarão fim ao conflito. Só haverá uma reunião entre os ministros Fernando Pimentel e Débora Giorgi se não houver um acordo.
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