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Buenos Aires – O governo do presidente Néstor Kirchner tentará convencer o governo brasileiro a suspender as barreiras aplicadas à entrada de farinha produzida na Argentina. O pedido será realizado pelo secretário de Indústria e Comércio da Argentina, Miguel Peirano, que estará em Brasília na quinta-feira para se reunir com representantes brasileiros, entre eles, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.

A Federação Argentina da Indústria de Moinhos de Farinha (Faima) reclama do "canal vermelho" nas alfândegas brasileiras e afirma que, ao longo dos últimos dez dias, mais de 200 caminhões argentinos ficaram paralisados na fronteira com o Brasil, o que eleva os custos e desestimula os importadores brasileiros.

A Faima sustenta que as barreiras brasileiras poderiam implicar em perdas de US$ 50 milhões para os argentinos, que possuem elevada "Brasil-dependência" nas exportações do produto. O país exporta 60% do que produz para o mercado brasileiro. Os empresários argentinos alegam que a determinação da alfândega brasileira viola o Certificado de Reconhecimento Mútuo, que estabelece que os governos do Brasil e da Argentina reconhecem ambas verificações bromatológicas, tornando desnecessárias novas fiscalizações.

Segundo o presidente da Faima, Alberto España, as vendas argentinas de farinha com pré-mistura representam somente 2,7% do mercado consumidor brasileiro. "Por este motivo, as medidas brasileiras não têm razão alguma de ser. Trata-se apenas uma manobra para aumentar o preço do produto", acusa.

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