Cristina Kirchner deu um recado à Justiça dos EUA e a credores da Argentina ao reabrir, pela terceira vez, a negociação da dívida externa, disseram analistas: "Temos uma dívida e queremos pagá-la, mas vamos conversar". "Ela calou o argumento de que a Argentina não quer pagar", disse Ramiro Castiñera, da consultoria Econométrica.
Cristina anunciou na segunda-eira (26) o envio de um projeto à Câmara para ofertar aos credores uma reestruturação da dívida do país, que era de US$ 100 bilhões no calote de 2001, seguindo os termos usados nas operações de 2005 e 2010, às quais nem todos aderiram.
O movimento reverte sua promessa de interromper a troca de títulos e a lei que proibiu a reabertura de negociações, ambos de 2010. Mas pode ter vindo tarde, afirma Juan Pablo Ronderias, da consultoria Abeceb.
Na semana passada, a Justiça de Nova York ordenou ao país pagar US$ 1,4 bilhão a fundos que não aderiram às operações anteriores. A Argentina recorreu, e o caso está na Suprema Corte dos EUA.Mas, se Cristina insistir em só executar pagamentos sob a lei argentina e focar apenas os credores que aceitarem seus termos (93% da última vez), a Justiça americana pode impedir o país de honrar a dívida, alertam analistas.
Seria o chamado "default técnico" -na prática, calote. "Alterar o modo de pagamento pode não ser bem-visto" pela Suprema Corte, avalia Marcelo Etchebarne, advogado na renegociação de 2010. Já a reabertura do diálogo "evita que as ações [legais] se multipliquem".
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