As mulheres argentinas começaram o verão sofrendo a escassez de absorventes da marca OB (fabricados no Brasil) e outras similares importadas, segundo empresas do setor, pela aplicação de barreiras protecionistas por parte do governo da presidente Cristina Kirchner. A já chamada "crise dos tampões" provocou polêmica nas redes sociais, onde muitas mulheres expressaram sua irritação pela falta do produto.
O Ministério da Economia defende que a crise foi provocada por uma "desinteligência" das empresas fornecedoras e assegurou que o problema será resolvido nas próximas semanas. "As empresas calcularam mal seus estoques", disseram fontes do Ministério da Economia.
No entanto, representantes de farmácias e supermercados asseguraram que a escassez foi provocada pela demora do governo em autorizar a importação dos produtos e a liberação de dólares por parte do Banco Central aos importadores. Também estariam faltando protetores solares importados, entre outros produtos, cuja demanda aumenta no verão.
A "crise dos tampões" foi um dos assuntos mais comentados no Facebook e Twitter nos últimos dias. A jornalista do Clarín Natasha Niebieskikwiat virou notícia ao comentar que várias de suas amigas lhe pediram que trouxesse absorventes do México, pela escassez do produto no país.
A Argentina não vive uma situação dramática de escassez como a Venezuela, mas a aplicação de barreiras protecionistas afeta vários produtos. O governo tem demorado a liberação de várias licenças de importação e alguns produtos deixaram de entrar no país, como brinquedos.
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