O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou nesta segunda-feira (29) que deixará o cargo em janeiro e que irá tirar férias. Segundo ele, a entrevista de hoje para comentar o resultado fiscal de novembro foi a última como secretário do Tesouro.
"Vou tirar férias no próximo período. Não tenho nada a acrescentar neste comentário", disse, evitando responder se assumirá a presidência de Itaipu Binacional.
Após a entrevista, por meio de sua assessoria de imprensa, ele informou que não assumirá a presidência de Itaipu Binacional no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Análise, mas sem crítica ao futuro ministro da Fazenda
Arno Augustin disse que qualquer análise sobre o aumento da dívida bruta do setor público deve levar em conta o impacto da política do governo de expansão das reservas internacionais. Segundo ele, se não fosse a dívida líquida em queda, teria havido um crescimento maior da dívida bruta. "Aqueles que dizem que a dívida bruta cresceu e é um problema devem incorporar as reservas altas", disse. Para ele, o reforço das reservas foi uma decisão acertada. "Essa situação faz com que o Brasil sofra muito menos em momento de crise internacional. Fazer essa análise sem considerar as reservas não é uma análise adequada", afirmou.
O secretário negou, no entanto, que esteja fazendo uma crítica ao futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que no discurso no dia da sua indicação para o cargo anunciou que o objetivo de política fiscal do governo passará a ser a queda da dívida pública para aumentar a transparência das contas públicas.
Para Augustin, o Brasil tem dívida líquida hoje bem melhor do que quando conquistou o grau de investimento. Ele não vê razão para a nota do Brasil ser rebaixada em 2015 pelas agências internacionais de classificação de riscos. "Não vejo por quê. Temos fundamentos que serão reconhecidos pelas agências", afirmou.
Agro gaúcho escapou de efeito ainda mais catastrófico; entenda por quê
Prazo da declaração do Imposto de Renda 2024 está no fim; o que acontece se não declarar?
Rombo do governo se aproxima dos recordes da pandemia – e deve piorar com socorro ao RS
“Desenrola” de Lula cumpre parte das metas, mas número de inadimplentes bate recorde
Deixe sua opinião