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Um exercício interessante a se propor para qualquer ambientalista é fazer uma lista de empresas brasileiras que tenham, do início ao fim de seus processos, um rigoroso comprometimento com o meio ambiente. A lista nunca sai. Mas ao menos duas empresas são citadas por quase todos os especialistas: a paulista Natura e a paranaense O Boticário. As principais razões para isso foram mudanças nas matérias-primas utilizadas no processos de fabricação, aliadas a uma série de atividades "ecologicamente corretas". E, claro, a uma intensa divulgação de tudo isso.

A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza (FBPN), criada em 1990, é uma das principais bandeiras fincadas pela empresa nesse terreno. Entre as maiores realizações da Fundação em 16 anos de atividade está a compra da Reserva Natural Salto Morato, em 1996 – área de 2,3 mil hectares de mata atlântica localizada no litoral norte paranaense.

A ação mais recente de O Boticário foi a criação do programa de "reciclagem pós-consumo". Em maio, a empresa vai lançar uma campanha publicitária convidando os consumidores a entregarem nas lojas as embalagens vazias de seus produtos. Inicialmente, o projeto ficará restrito a Curitiba, mas na seqüência será expandido para as demais cidades.

A Natura, por sua vez, foi a primeira empresa de cosméticos do país a desenvolver produtos com refil, que, segundo a companhia, reduzem em 50% a quantidade de recursos naturais utilizados na embalagem. Para garantir esse resultado, a venda de refis está incluída nas metas de seus consultores.

A empresa também está substituindo gradativamente as matérias-primas de origem animal, mineral ou sintética por insumos vegetais cultivados de forma sustentável. Hoje, todos os sabonetes em barra fabricados pela Natura levam óleo vegetal, sem adição de gordura animal. Outra mudança nos processos industriais foi a aquisição de novos equipamentos, com dispositivos de economia de energia elétrica. Segundo a empresa, isso fez com que, embora a produção tenha crescido 28% em 2004, o consumo de energia tenha subido apenas 5,7% e o de água, 5,3%.

Outra preocupação da empresa é garantir a sobrevivência das pequenas comunidades que lhe fornecem matérias-primas. É o caso dos moradores de São Francisco do Iratapuru, no Amapá. Eles produzem castanhas que são utilizadas nos cremes, xampus e sabonetes da linha Ekos e estão sendo auxiliados para se sustentar durante os períodos do ano em que não há produção.

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