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A alta do preço nas usinas e o aumento da procura na semana da Páscoa elevaram em 5% o preço do álcool nas bombas de Curitiba. De acordo com levantamento feito ontem em dez postos da capital, o álcool passou de R$ 1,50, em média, na semana passada, para R$ 1,58. O preço médio da gasolina passou de R$ 2,26 para R$ 2,32. Os combustíveis estão custando até R$ 1,69, no caso do álcool, e R$ 2,49 a gasolina. Os próprios gerentes e frentistas admitem que a proximidade da Páscoa pode elevar ainda mais os preços até o fim da semana, embora as margens de lucro estejam limitadas por uma decisão judicial. A medida que estabeleceu o teto voltou a vigorar na semana passada mas ainda não está sendo fiscalizada pelo Ministério Público, autor da ação civil pública. Pela determinação, as margens estão limitadas a 11% para gasolina e 30% para o álcool

"Certamente a alta tem relação com o feriado", diz o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva. "Mas este ano já houve preços mais altos porque as elevações também estiveram relacionadas às margens de lucro."

O consumidor que paga mais caro reclama. "A grande variação de preços é péssima, além de certamente ser combinada", diz a analista de sistemas Regina Amaral. "Eu já decidi andar a pé e de ônibus, só pego o carro quando preciso mesmo."

Mas quem esperar até a semana que vem pode ter uma boa surpresa. "Depois do feriado acho que o preço deve baixar", diz o gerente de posto Shell no bairro São Francisco, Márcio da Rosa, acostumado à variações nas bombas. O posto praticava ontem os preços máximos encontrados na capital.

Os gerentes dos postos com preços mais baixos dizem que os valores estão relacionados a promoções ou limitações de forma de pagamento. O posto Ipiranga no Ahú, por exemplo, não aceita cartão de crédito nem de débito. Em compensação, tem filas por causa do preço. Ontem à tarde, álcool e gasolina eram vendidas respectivamente por R$ 1,48 e R$ 2,23. "A maioria dos clientes vem e enche o tanque", diz o gerente, Sandro Cristo. "Mas vai aumentar R$ 0,10 ou mais esta semana. A distribuidora subiu e nós temos que repassar", alerta. O gerente diz que cada caminhão recebido esta semana – um por dia – trouxe combustível com aumento de alguns centavos.

Safra

A alta do álcool nas bombas começa nas usinas produtoras, que estão nas últimas semanas da entressafra da cana-de-açúcar. A variação é repassada às distribuidoras, aos postos e, por fim, ao consumidor.

Na semana passada, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea – USP) apurou alta de 10,3% no álcool anidro (adicionado à gasolina), com preço médio de R$ 1,07 o litro, sem impostos. O hidratado subiu 7,2%, passando a R$ 0,96. Em março, a variação foi de 25% e 18%. Os preços são os mais elevados desde a segunda quinzena de abril do ano passado.

De acordo com o Cepea, a alta não deve se prolongar porque várias usinas começaram a moer cana esta semana, dando início à safra 2007.

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