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A assembléia de credores da Varig que escolheria nesta segunda-feira uma das três propostas para o salvamento da empresa foi adiada por causa da grande quantidade de pessoas presentes. A nova assembléia acontecerá nesta terça-feira, às 9h, no hangar do Aeroporto Santos Dummont, no Rio.

Segundo o administrador judicial do processo de recuperação da Varig, Alberto Fiori, da Consultoria Deloitte, a assembléia na sede da Fundação Rubem Berta foi cancelada por motivo de segurança. Cerca de 540 pessoas já tinham se credenciado e outras 150 aguardavam na fila para credenciamento. Fiori explicou que o espaço físico do auditório não comportava com segurança os presentes e por conta disso a direção da empresa e a consultoria decidiram pelo adiamento. Não haverá necessidade de novo credenciamento para os que já passaram por esse processo, apenas uma checagem. Houve revolta depois da decisão, mas não tumulto.

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, negou que o adiamento tenha por objetivo dar mais tempo aos credores ou favorecer uma das três propostas em pauta. Bottini também negou que o atraso atrapalhe a situação da companhia.

- O adiamento não atrapalha. Acertadamente, o administrador judicial, a Deloitte, decidiu adiar a assembléia por motivo de segurança e pela quantidade de credores que ainda estavam do lado de fora e que poderiam contestar a assembléia. Questões de horas não afetam a situação da empresa - disse.

Bottini disse que qualquer uma das três propostas será bem-vinda. A proposta preferida pelos credores é a do governo, que prevê a divisão da Varig em duas empresas, uma doméstica e outra internacional. A Varig doméstica posteriormente iria a leilão pelo preço mínimo de US$ 600 milhões. Já a Varig internacional ficaria com o passivo da companhia e continuaria em recuperação judicial.

Outra proposta vem dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que planeja a criação de uma Varig operacional e utilizaria os recursos do Fundo Aerus para a capitalização da empresa. A terceira alternativa é a do consultor Jaime Toscano. Ele diz representar investidores europeus dispostos a injetar US$ 1,9 bilhão na companhia.

Funcionários fizeram uma pequena manifestação na porta do auditório. Dizendo em coro "a Varig unida jamais será vencida", eles estenderam uma bandeira com as cores do Brasil em frente ao auditório

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