• Carregando...
Dilma Rousseff: contrato é condizente com interesses privados e do Estado | Antônio Cruz/ABr
Dilma Rousseff: contrato é condizente com interesses privados e do Estado| Foto: Antônio Cruz/ABr

Exploração

Consórcio prevê primeira perfuração até início de 2015

Agência Estado

A primeira perfuração do pré-sal deverá ocorrer entre o fim de 2014 e início de 2015. Essa é a expectativa dos integrantes do consórcio que assinaram ontem o contrato de concessão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal em regime de partilha. O governo espera que ele renda R$ 1 trilhão para os cofres públicos ao longo dos 35 anos da concessão. "Nós sabemos que esse Campo de Libra, juntamente com os novos campos que virão no futuro, mudarão a vida dos brasileiros", disse a presidente Dilma Rousseff. Em 60 dias a contar desta segunda os sócios que arremataram Libra deverão reunir-se com a estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) para definir um plano de negócios e os detalhes do desenvolvimento do campo.

Um novo modelo de exploração de petróleo no país teve início ontem, com a assinatura do contrato de partilha para exploração do campo de Libra. Desenvolvido nos últimos quatro anos para a exploração do pré-sal, o modelo deverá destinar boa parte de suas receitas governamentais para a educação. O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, presidente do Conselho de Administração da PPSA, destaca que a empresa terá duas metas principais à frente do comitê de operação: aumentar o excedente em óleo para a União e buscar o cumprimento da meta de participação de conteúdo local, tanto em bens quanto em serviços.

Se depender dos interesses da União no consórcio, o petróleo começará a jorrar de Libra o mais rapidamente possível. O governo calibrou o bônus de assinatura em Libra em um nível elevado, R$ 15 bilhões, para pressionar o consórcio a ser ousado na exploração do bloco, uma vez que esse valor afeta significativamente o caixa das empresas envolvidas. "A expectativa é de que o consórcio seja célere na produção de Libra", disse Almeida.

Pelo contrato, o consórcio terá prazos rígidos para tomar as primeiras medidas em relação à exploração do campo. A partir da instalação do comitê, em quatro meses o consórcio deverá enviar à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um plano de exploração de Libra, que terá duração de até quatro anos, quando deverá ter início a fase de exploração propriamente dita. Mas essas projeções podem ser antecipadas.

A PPSA terá direito a 50% dos votos nas decisões principais do comitê operacional, além do chamado voto de qualidade, quando houver empates. A empresa, que atualmente só possui o presidente e mais três diretores, deverá chegar ao fim do ano com 20 funcionários e receberá R$ 50 milhões do bônus de R$ 15 bilhões já pago pelo consórcio vencedor na quarta-feira passada.

A nova estatal já conta com R$ 65 milhões em caixa, tendo a perspectiva de receber outros R$ 35 milhões em 2014 para manter suas atividades em andamento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]