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A atividade da construção civil caiu no início de 2011, afirmou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), na pesquisa "Sondagem da Construção Civil", divulgada nesta quarta-feira. O indicador da "evolução do nível de atividade" de janeiro alcançou 47,2 pontos frente a 51 pontos, em dezembro. É a primeira vez, desde que a pesquisa foi lançada, em janeiro do ano passado, que esse indicador fica abaixo de 50 pontos.

A escala utilizada pela CNI nessa pesquisa, que tem vários indicadores, varia de zero a cem. Valores acima de 50 representam crescimento da atividade e, abaixo disso, retração. O indicador de "evolução do nível de atividade" mede a percepção dos empresários em janeiro em comparação a dezembro. Nesta pesquisa, a CNI ouviu 390 empresas entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro.

Por porte de empresas, as pequenas registraram a maior retração, com 44,6 pontos em janeiro; seguidas pelas médias, com 47,8 pontos. O ritmo das grandes empresas ficou em 49 pontos. Por subsetores, o maior declínio ocorreu em obras de infraestrutura, com 45,1 pontos, enquanto os serviços especializados ficaram em 46,2 pontos e a construção de edifícios situou-se em 47,3 pontos em janeiro.

A CNI, entretanto, argumenta que a queda do indicador da "evolução do nível de atividade" representa apenas uma situação sazonal que deve se reverter. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, outro indicador calculado na pesquisa, que é o "nível de atividade efetivo em relação ao usual" marcou 51,6 pontos em janeiro. Esse segundo indicador, que considera a percepção do empresário em relação ao mesmo período do ano anterior (ou seja, compara janeiro deste ano com janeiro de 2010 e de anos anteriores), ainda se manteve na faixa positiva, acima dos 50 pontos.

Para Fonseca, o "indicador de atividade efetivo em relação ao usual" acima dos 50 pontos sinaliza que o crescimento da construção civil não está se revertendo. "Parece ser um dado sazonal e, como tal, o setor deverá voltar a crescer", destaca. Já o indicador do "número de empregados" de janeiro manteve-se estável em relação a dezembro, com 49,5 pontos. "Bem próximo da linha divisória de 50 pontos", ressalta o documento da CNI. A CNI descarta claramente a hipótese de que a atividade esteja desaquecida.

A CNI ressalta, entretanto, que, apesar da queda na atividade em janeiro, o setor encontra-se otimista em relação ao futuro. Quatro indicadores que medem as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses superaram 60 pontos: nível de atividade (63,0), novos empreendimentos e serviços (63,3), compras de insumos e matérias-primas (61,5) e número de empregados (61,3).

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