Após adquirir a empresa de TV paga DirecTV e aumentar sua presença no Brasil, a operadora norte-americana AT&T deverá oferecer no mercado brasileiro, no longo prazo, serviços de banda larga fixa e internet móvel, desafiando grupos de telefonia já estabelecidos no país. Para analistas e especialistas, a AT&T surge com força, inclusive, como potencial interessada em comprar a TIM Participações ou a GVT, caso uma dessas companhias seja colocada à venda por seus controladores, a Telecom Italia e o grupo francês Vivendi, respectivamente.
No último domingo, a AT&T anunciou proposta de compra da DirecTV nos Estados Unidos por US$ 48,5 bilhões. Caso seja aprovada pelas autoridades regulatórias, a AT&T passará a ser dona da companhia que no Brasil detém 93% da Sky, maior fornecedora de TV por satélite do país.
"A TV por assinatura é um ponto de entrada importante, mas é muito difícil de se sustentar sozinho. É necessário verticalizar serviços", afirmou o analista Lucas Marins, da corretora Ativa. Para Marins, a aquisição da DirecTV fará a AT&T entrar no mercado de telecomunicações brasileiro "pela porta da frente", em um segmento de forte crescimento. Números da Anatel mostram que somente em abril houve adição de 170 mil novas assinaturas de TV paga no país.
O analista aposta que a AT&T não se contentará em ficar apenas no mercado de televisão por assinatura, realizando incursões no segmento de banda larga fixa e até eventualmente na telefonia móvel.
Possíveis alvos
Com um negócio no Brasil voltado ao consumidor final através da DirecTV, a AT&T é colocada agora como uma possível compradora da TIM em caso de venda da companhia. O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, lembra também da GVT, mencionando que em 2013 a DirecTV estava buscando comprar a operadora da Vivendi no Brasil, mas as conversas não avançaram porque os franceses consideraram as ofertas pelo ativo muito baixas.
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