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A apreciação do real ontem sofreu influência da cena externa. O dólar também recuou diante de outras moedas, como iene, peso mexicano, rublo russo e lira turca.

O Banco Central brasileiro resumiu sua atuação no câmbio à compra de dólares diretamente das instituições financeiras – o que tem demonstrado ter pouco efeito para deter o recuo do dólar. No ano, a moeda norte-americana tem desvalorização acumulada de 2,11%.

Ontem o Banco Central divulgou que o fluxo cambial já totaliza saldo de US$ 6,59 bilhões neste ano, até o dia 9. O montante é 51% superior ao registrado em igual período do ano passado.

Esses dados mostram um dos fatores relevantes de pressão que têm favorecido o movimento de apreciação do real. Para o fim do ano, o mercado prevê, segundo a última pesquisa feita pala autoridade monetária com cem bancos, que o dólar estará em R$ 2,18 – ou 4,2% acima da cotação de fechamento de ontem.

Segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, o mercado percebeu que o BC tem enxugado apenas o excesso de liquidez, o que diminui a pressão para uma alta do dólar. "Acho que a interpretação que está prevalecendo é que ele está comprando só a sobra... o que os bancos não absorvem, para segurar uma queda mais acentuada. O dólar tem caído baseado nos fundamentos da economia brasileira, (o BC) não vai conseguir inverter a trajetória."

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