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Os auditores fiscais da Receita Federal em Foz do Iguaçu e no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, voltaram ao trabalho ontem, após dois meses de paralisação. Eles decidiram suspender a greve até quinta-feira, quando uma assembléia nacional vai decidir pela continuidade ou não da greve nacional iniciada em 2 de maio. Os auditores das demais regiões do Paraná devem manter a paralisação até lá, segundo Norberto Sampaio, presidente da delegacia de Curitiba do Sindicato dos Auditores Fiscais (Unafisco). Para Sampaio, os trabalhadores retornaram "à revelia" do comando nacional.

Na última sexta-feira, o governo federal editou uma Medida Provisória que reajusta em 34% os salários dos auditores. Mas, como a pauta de reivindicações da categoria não foi atendida plenamente, a possibilidade de fim da greve terá de passar pelo crivo das 71 delegacias sindicais do país. O Unafisco quer que os salários iniciais passem de R$ 7,5 mil para R$ 16 mil, e os finais de R$ 10 mil para R$ 20 mil.

No Paraná, a estação aduaneira do interior (porto seco) de Foz do Iguaçu, a segunda mais movimentada do país, foi a mais afetada pela paralisação. De acordo com o delegado sindical Robson Ferreira, a fila de espera chegava a mil caminhões. Durante a greve, o prazo mínimo para a liberação subiu para 7 dias. "Levaremos pelo menos duas semanas para colocar os trabalhos em dia", estima Ferreira. Procurada pela reportagem, a administração do porto seco da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) não deu retorno. Na aduana, 90% da movimentação é de cargas importadas.

Uma liminar obtida pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que determina a liberação de todas as cargas que chegam ao porto de Paranaguá, garantiu que os trabalhos de despacho aduaneiro no terminal fossem realizados em ritmo próximo do normal. Mas, no Aeroporto Internacional Afonso Pena – que no início da greve chegou a ter quase 400 toneladas de mercadorias à espera da liberação –, o mandado de segurança garantia o desembaraço de apenas 40% das cargas que lá chegam diariamente, o que atrasou os processos.

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