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Rio (Folhapress) – A crise política e o cenário de juros altos não afetaram a disposição do empresariado em realizar investimentos produtivos, como construir novas fábricas ou comprar máquinas e equipamentos, revela a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Das 679 empresas entrevistadas nos anos de 2004 e 2005, 59,6% pretendem investir neste ano um montante superior ao do ano passado. O total programado de investimentos é de R$ 46 bilhões, 18,2% a mais, em termos reais, do que no ano passado.

Outro indicativo da disposição do empresariado é a relação investimentos/vendas. Em 2005, os investimentos projetados pelas empresas pesquisadas chegam a 11,1% das vendas, o maior porcentual da década. No ano passado, a proporção havia sido de 10%.

O único setor que mostra desânimo com novos investimentos é o de material de construção. Das 58 empresas consultadas, 51,7% disseram que pretendem investir mais. Os investimentos projetados de R$ 731 milhões, no entanto, são 16,2% inferiores aos realizados no ano passado. Neste setor estão incluídas diversas empresas de material de construção em ramos como metalurgia, madeira e minerais não-metálicos com projeções menos favoráveis para investimentos em 2005.

O setor de bens intermediários (insumos industriais) é o mais otimista. Ele projeta investimentos que chegam a 15,3% das vendas. Este setor acumula um alto nível de utilização da capacidade instalada nos últimos anos. Os segmentos de maior destaque no setor são a indústria química e a indústria metalúrgica.

Outro setor com perspectiva favorável é o de bens de capital (máquinas e equipamentos). Os investimentos programados para 2005 são 20% superiores aos do ano passado. Segundo a FGV, na indústria mecânica há sinais de concentração de investimento nas maiores empresas. O crescimento projetado de investimentos chega a 28,1%, embora menos da metade das empresas projetem aumentar os gastos com esta finalidade.

No setor de bens de consumo, 61,6% das empresas pretendem investir mais em 2005. Os resultados do setor foram favoráveis para as atividades de vestuário e calçados (crescimento de 31,4% dos investimentos) e produtos alimentares (20,9%).

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