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Para quem pensa que um funcionário não quer ser avaliado por seu superior, especialistas em Recursos Humanos (RH) afirmam exatamente o contrário. Eles sustentam que, numa empresa em que o chefe passe a ignorar por completo as ações de seus subordinados, sem dar orientações, a tendência é que a equipe acabe perdendo sua motivação e iniciativa. Ou seja, os empregados podem não se sentir valorizados e, em contrapartida, podem não valorizar a empresa também – o que se reflete em resultados cada vez piores com o tempo.

Para evitar que o potencial da equipe seja desperdiçado por falhas no reconhecimento das conquistas (ou das derrotas), os líderes devem estar conscientes da importância de oferecer, para cada situação, o retorno correto – que é chamado de "feedback" pelos consultores em RH. A palavra vem do inglês e significa algo como "o retorno" da informação sobre um processo ou uma atividade, uma resposta de avaliação.

A consultora organizacional Ângela Busse, da First Hand RH, define o feedback no relacionamento interpessoal como "a informação que se dá a uma pessoa sobre como o comportamento dela está sendo percebido e como isto afeta a postura dos demais membros de um grupo". Para ela, a prática é fundamental no processo de aprendizagem. "O feedback incentiva as pessoas a melhorarem seu desempenho, reduz a incerteza pessoal, aumenta a auto-realização, a autoestima e conseqüentemente a produtividade", acrescenta.

Em tempos de Copa do Mundo, fica fácil perceber a importância do feedback analisando-se um jogo. A torcida pode ser comparada à chefia, e os jogadores aos funcionários. Se o time vai bem, a torcida elogia, incentiva, o que se reflete na motivação dos jogadores. Quando o time vai mal, a torcida vaia, diz o que os jogadores devem fazer e até xinga.

Ainda assim, não se deve confundir feedback com críticas sem fundamento. "O feedback deve ter o caráter de guia, de condutor do funcionário para a realização de suas atividades dentro das políticas da empresa onde ele trabalha e jamais de repreensão, de crítica, de destruição, o que exige muita habilidade, consciência, seriedade e, sobretudo, profissionalismo do chefe", opina a professora Maria de Lourdes da Silva, especializada em treinamentos para empresas. "Para qualquer pessoa, receber a avaliação de seu trabalho é de fundamental importância", completa.

De acordo com os estudiosos da área, existem basicamente quatro tipos de feedback: o positivo, o corretivo, o insignificante e o ofensivo. O primeiro reforça uma ação do funcionário e serve para quando o chefe quer que um comportamento seja repetido. O segundo é o contrário: serve para mudar o comportamento. Já o feedback insignificante é tão vago e apresentado de forma tão dispersiva que o funcionário não sabe ao certo qual comportamento estabelecer. Por último, o feedback ofensivo reflete uma tentativa drástica de se modificar um comportamento com uma ameaça ao trabalhador – algo como "se você não apresentar resultados até tal dia, serei obrigado a tomar uma decisão difícil". Normalmente este tipo de feedback é o mais usado, mas deve ser evitado porque, segundo especialistas, o retorno do funcionário pode ser exatamente o contrário do esperado.

Serviço: First Hand RH – (41) 3264-2406 - www.firsthand.com.brMaria de Lourdes da Silva – www.pontocursos.com.br - (41) 3015-7063

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