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Veja no infográfico a evolução das exportações paranaenses |
Veja no infográfico a evolução das exportações paranaenses| Foto:

Menor taxa em 13 anos

De janeiro a novembro, o dólar foi vendido por uma média R$ 1,66, a menor cotação para o período desde 1998. O dólar baixo é ruim para os exportadores, pois deixa as mercadorias brasileiras mais caras no exterior. Mas não impediu o Paraná de bater seu recorde anual de exportações.

Primeiro déficit em 11 anos

O dólar barato ajudou as importações do estado a alcançar a maior marca da história, de US$ 17,16 bilhões até novembro, o que gerou um déficit comercial de US$ 1,2 bilhão. Se persistir em dezembro, o saldo negativo será o primeiro em 11 anos.

As exportações do Paraná caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, influenciadas por fatores sazonais – como a redução dos embarques de alguns produtos do agronegócio – e por pequenas quedas nas vendas de veículos e peças, equipamentos mecânicos e madeira. Mas a valorização do dólar, cuja cotação média subiu nos últimos quatro meses em razão da crise internacional, ajudou a minimizar as perdas dos exportadores.

No mês passado, o estado vendeu ao exterior US$ 1,37 bi­­lhão em mercadorias, volume 1,6% inferior ao de outubro. Mas, como em novembro o câmbio girou em torno de uma taxa média de R$ 1,791, superior à do mês anterior (US$ 1,773), na conversão para a moeda brasileira o faturamento dos exportadores ficou praticamente estável, oscilando de R$ 2,47 bilhões em outubro para R$ 2,46 bilhões no mês seguinte. Os cálculos foram feitos pela Gazeta do Povo a partir do cruzamento de dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC) e do Banco Central (BC).

O levantamento mostra que, desde agosto, quando o Paraná obteve o maior faturamento do ano, as exportações mensais recuaram 25%, conforme a contabilidade oficial do MDIC. Em reais, no entanto, a redução ficou limitada a 15. Isso porque, no mesmo intervalo, o dólar médio subiu mais de 12%, segundo o BC, sob influência das crises das dívidas dos Estados Unidos e da Europa.

Na comparação com novembro de 2010, quando o dólar comercial foi vendido a uma média de R$ 1,713, as exportações cresceram em ambas as moedas: 17% em dólares e 22% em reais.

Embora os exportadores tenham sido beneficiados pela alta do dólar nos últimos meses, no acumulado de janeiro a novembro o comportamento da moeda foi menos favorável a eles. A taxa média de câmbio neste ano foi de R$ 1,66, muito abaixo da registrada em igual período de 2010 (cerca de R$ 1,77). Os quase US$ 16 bilhões embarcados em 2011, volume recorde, representam um aumento de 22% sobre igual período do ano passado. Na conversão para reais, a expansão foi mais tímida: o faturamento cresceu 15%, para R$ 26,41 bilhões.

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