Após anunciar a criação do teto de R$ 999 por trecho para voos durante a Copa, a Azul entregou ao governo nesta quinta-feira (9) pedido para aumentar em 1/3 o número de slots (horários para realizar pousos e decolagens) disponíveis.A ideia é priorizar, neste ano, o programa de aviação regional do governo federal, ainda em fase de elaboração. Em reunião com o diretor de Relações Institucionais da Azul Linhas Aéreas, Victor Rafael Celestino, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) comemorou a iniciativa anunciada ontem de estipular valor máximo aos trechos durante o Mundial.
A iniciativa vai ao encontro do interesse do governo, de coibir abusos sem indexar preços. Na semana passada, Gleisi, em entrevista à Folha de S.Paulo, ameaçou abrir o mercado doméstico para estrangeiras como forma de pressionar as empresas a não abusar dos preços.
Mal-estar
A medida da Azul, no entanto, causou mal-estar no setor. Teme-se que a ação abra precedente para o governo tentar impor um teto para todo o setor -política defendida pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, mas que já foi descartada pela Anac.
De acordo com a empresa, a adoção do teto vai custar R$ 20 milhões em perda de receita. Mas o investimento, segundo o presidente do conselho de administração da Azul, David Neeleman, justifica-se em termos de imagem para a companhia. "Não queremos que pensem que estamos abusando das pessoas durante a Copa", disse ele.
Segundo o empresário, a Copa vai custar muito mais do que R$ 20 milhões à Azul, devido à queda esperada na movimentação de passageiros que viaja a negócios.A Azul opera atualmente 837 voos diários em 102 destinos domésticos.
Teto
Em resposta às pressões do governo para evitar abusos nas tarifas aéreas na Copa, a Azul decidiu estabelecer um limite de R$ 999 por trecho durante o período do mundial. A medida é válida da origem ao destino, ou seja inclui as conexões, e abrange as 102 cidades para as quais a companhia voa.
O limite será adotado entre os dias 12 de junho e 13 de julho. A medida deve beneficiar sobretudo os passageiros acostumados a usar trechos com conexão. Um voo de Campinas (SP) a Sinop (MT), com conexão em Cuiabá (MT), para o dia 15 de fevereiro às 8h, por exemplo, custaria R$ 1.199, se comprado ontem.
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