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Governo espera superávit na balança a partir do 2º semestre

O governo espera a retomada dos resultados superavitários na balança comercial a partir do segundo semestre, disse nesta terça-feira (1°) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio ao Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Roberto Dantas. De acordo com ele, a expectativa continua sendo de que a melhora da conta-petróleo, principalmente em função da alta nas exportações do combustível, ajudará a reverter o quadro atual. A balança tem déficit de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre, pior resultado desde o início da série histórica, em 1994.

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Após dois meses de resultados negativos, a balança comercial brasileira teve um tímido superavit em março, de US$ 112 milhões. O saldo é o mais baixo desde 2001. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A economia do país terminou o primeiro trimestre do ano com um déficit comercial de US$ 6,1 bilhões, o maior da história, considerando a série iniciada em 1994.O indicador mostra a diferença entre o que o país exportou e o que comprou de bens do exterior no período.

O saldo negativo acumulado este ano supera em 17% o verificado nos três primeiros meses do ano passado, quando o déficit de US$ 5,2 bilhões já havia sido recorde.No ano passado, o deficit comercial do início do ano fora justificado pelo registo em atraso de operações de compra de combustível pela Petrobras, o que acabou inflando os dados da balança. Tal efeito, porém, não ocorreu este ano.

Março

No último mês, as importações somaram US$ 17,5 bilhões, uma queda de 3,8% frente ao mesmo mês de 2013 pela média diária. No ano, alcançaram US$ 55,7 bilhões, redução de 2,2% ante os três primeiros meses de 2013.

Já as exportações foram de US$ 17,6 bilhões, retração de 4% em relação a março do ano passado. De janeiro a março, elas chegaram a US$ 49,6 bilhões, resultado também 4,1% menor do que no primeiro trimestre do ano passado.

No primeiro grupo, diminuíram os ganhos com ferro fundido, ouro, açúcar, alumínio e óleo de soja brutos, semimanufaturados de ferro e aço e celulose. No segundo, os responsáveis pelo recuo foram óleos combustíveis, açúcar refinado, motores e geradores elétricos, autopeças, motores para veículos e partes, máquinas para terraplanagem, bombas e compressores, automóveis, papel e cartão.

Os produtos básicos, por outro lado, impediram uma queda maior nas exportações. As vendas de itens não industrializados cresceram 9,5% na comparação com março do ano passado, principalmente em função de bovinos vivos, minério de cobre, soja em grão, farelo de soja, carne suína, carne bovina, café em grão e minério de ferro.

Do lado das importações, a média diária ficou em US$ 921,9 milhões, 3,8% inferior à registrada em março de 2013 e 2,1% superior à de fevereiro deste ano. Na comparação com 2013, caíram os gastos com combustíveis e lubrificantes. Segundo nota do ministério, o motivo foi o recuo nos preços e na quantidade embarcada de petróleo, óleos combustíveis, gás natural, carvão e gasolina. Diminuíram também as importações de bens de capital, utilizados na indústria, e bens de consumo, como máquinas de uso doméstico, bebidas, tabaco, vestuário, móveis e automóveis.

Argentina

As vendas para a Argentina, que enfrenta uma crise financeira, caíram 11% em março. O país vizinho é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e principal destino dos produtos manufaturados do país.

A queda para o mercado argentino só não foi maior que a retração nas vendas para a União Europeia, de 13,5% no mês passado.Houve expansão expressiva, contudo, nas exportações para a China, que subiram 22%, e crescimento também nas vendas para os Estados Unidos, que tiveram aumento de 12%.

Déficit da conta-petróleo cai a US$ 4,548 bi no 1º tri

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio ao Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Roberto Dantas, destacou nesta terça-feira (1º) a redução do déficit da conta-petróleo no primeiro trimestre desse ano, que atingiu US$ 4,548 bilhões, ante US$ 5,810 bilhões no mesmo período de 2013. A conta-petróleo corresponde a 75% de todo o déficit da balança comercial.

Dantas disse que deve haver uma redução significativa no déficit da conta-petróleo a partir do segundo semestre deste ano, puxado pelo aumento da produção do petróleo no Brasil e pelo crescimento das exportações. A melhoria na conta-petróleo, segundo ele, deve levar a balança comercial a fechar 2014 com um saldo positivo.

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