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Classe aguardará o posicionamento da Fenaban para definir se fará novas paralisações | Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Classe aguardará o posicionamento da Fenaban para definir se fará novas paralisações| Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Prejuízos por paralisação não podem afetar clientes, diz Procon

O Procon-PR disse em nota, nesta segunda-feira (3), que as negociações entre empregados e empregadores do setor bancário não devem resultar ou trazer prejuízos aos consumidores. No caso de alguém ter sido prejudicado pela paralisação, o órgão orienta a registrar reclamação no Procon, que ressalvou o fato de haver "opções para realização de algumas transações como pagamentos, por exemplo, que podem ser feitos pela Internet, lotéricas, farmácias, mercados ou outros".

Vinte e oito agências bancárias da região central de Curitiba ficaram fechadas entre 8h e meio-dia desta segunda-feira (3), em uma manifestação dos bancários para pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a ceder nas negociações salariais com a classe trabalhista. Os centros administrativos dos bancos HSBC, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil também ficaram fechados. Depois desse horário, o atendimento voltou ao normal, conforme informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba. Os caixas eletrônicos não foram afetados.

Às 10h30, na Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, aconteceu uma assembleia informativa da categoria. O ato informou os trabalhadores dos bancos sobre as negociações e a reunião que acontece com a Fenaban nesta terça-feira (4). As conversas para a definição de concessão de benefícios à categoria acontecem desde a semana passada. No último dia 28 e 29, os funcionários das instituições financeiras recusaram a proposta de reajuste de 6% e o atendimento de mais cinco itens da pauta de reivindicações.

Para os próximos dias, o Sindicato dos Bancários ainda não confirma novas paralisações. Conforme informações divulgadas pela assessoria de imprensa, a classe aguardará o posicionamento da Fenaban para definir se há a possibilidade de declarar greve.

Reivindicações

A pauta de reivindicações da categoria deste ano traz uma lista de reajuste salarial de 10,25%, que representa a perda da inflação mais um ganho real de 5%. Além disso, a classe quer que o piso da categoria tenha como base o salário mínimo do Dieese (R$ 2,4 mil) e participação dos lucros de três salários integrais, somados a um adional de R$ 4,9 mil. Outras reclamações são sobre rotatividade nas agências, terceirizações nos serviços, diminuição da jornada de trabalho de todos os funcionários para seis horas e mais segurança nos bancos.

Proposta

Até agora, a Fenaban se comprometeu a, além de reajustar o salário em 6%, assegurar o salário aos trabalhadores afastados por adoecimentos e implantar projeto piloto em uma cidade com sugestões de segurança dos bancários. Também há sinalização da federação para realização de um censo para medir a igualdade de oportunidades dentro dos bancos e o comprometimento de promoção de discussão sobre um programa de reabilitação profissional a pessoas afastadas.

A Fenaban, em nota, disse que "estranha a atitude precipitada e repudia paralisações com o processo de negociação seguindo o curso acordado previamente com o comando nacional dos bancários".

Reivindicações de 2011 voltam à pauta

A pauta de reivindicações de reajuste salarial dos bancários de 2012, em relação ao ano passado, diminuiu de 12,8% para 10,25% neste ano. No entanto, sob o aspecto do ganho real - além das perdas causadas pela inflação -, as propostas de aumento solicitadas pelos trabalhadores nos dois anos são parecidas. Durante a greve de 2011, os funcionários dos bancos reclamavam por um aumento real de 5,3%. Neste ano, o incremento na folha além da inflação é de 5%.

Em 2011, os servidores dos bancos promoveram a maior greve dos últimos 20 anos – durou 18 dias. Além de obter aumento de 9% nos salários (1,5% de ganho real), os funcionários aprovaram uma nova tabela de salários, mas sem a equiparação dos rendimentos, como era o pedido. As remunerações, depois da greve, ficaram dividas nas funções de caixa (R$ 1.900,32), escriturário (R$ 1.400,00) e portaria (R$ 976,00).

Para 2012, o movimento dos bancários pede que o piso seja regulado pelo salário mínimo ideal, medido pelo Dieese (R$ 2.519,97, em agosto). A bandeira da equiparação dos salários com base neste quesito também continua.

Já sobre a reivindicação da Participação nos Lucros e Resultados (PRL), no ano passado a classe trabalhista obteve o benefício do pagamento de 90% do salário com R$ 1,4 mil adicionais. A proposta deste ano é de três salários mais um incremento de R$ 4 mil ao PRL. Os aumentos em auxílios de refeição, alimentação e creche, entre outros também continua.

Assédio Moral

No ano passado, a categoria e a Fenaban chegaram a um consenso sobre um programa de delação de casos envolvendo assédio moral. Em 2012, o assunto voltou à tona, segundo os manifestantes, porque a denúncia precisa ser identificada. A federação já sinalizou para a possibilidade de rediscutir a proposta, com base nas sugestões dos funcionários.

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