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Os bancários intensificaram os atos de protesto que vinham acontecendo desde 28 de agosto, dia em que a campanha salarial da categoria foi lançada, e fecharam os três principais centros administrativos de Curitiba na manhã desta quarta-feira (19). Nestes locais, também funcionam agências bancárias de grande circulação de clientes. A decisão pela mobilização foi tomada em assembléia geral na noite de terça-feira (18), na qual os bancários aprovaram por unanimidade o estado de greve e a intensificação das paralisações.

Ficaram sem atendimento o HSBC Palácio Avenida, o Banco do Brasil da Praça Tiradentes e a Caixa Econômica Federal da Praça Carlos Gomes. O bloqueio terminou ao meio-dia, como estava previsto. Durante a manhã, os clientes tiveram que procurar atendimento em agências próximas. As opções para quem precisou dos serviços bancários na região central foram principalmente o HSBC da Marechal Deodoro, o Banco do Brasil da Praça Carlos Gomes e a Caixa Econômica Federal da Travessa Oliveira Belo (agência Zacarias).

De acordo com informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a paralisação envolveu cerca de três mil trabalhadores. Desde as 6 horas, os dirigentes do sindicato e da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro no Estado do Paraná (Fetec-PR) se posicionaram em frente aos chamados "prediões", munidos de faixas. A categoria protesta contra a falta de negociações pela terceira vez consecutiva.

Na terça-feira (18), houve reunião entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional, mas a empresa não apresentou proposta de índice de reajuste salarial aos bancários. A direção alega que está analisando os custos totais. Também devem ocorrer paralisações nas principais capitais do país. Entre as reivindicações dos bancários estão um reajuste de 10,3% no salário, a garantia do emprego e um aumento na participação nos Lucros e Resultados dos bancos.

Campanha

Desde o dia 28 de agosto, data em que se comemora o Dia do Bancário, a categoria realiza atos nos principais centros administrativos e agências vários bairros de Curitiba e também na região metropolitana, com o objetivo de conscientizar a população e alertar para paralisações e greve. Nestes atos, porém, os bancários não chegaram a fechar as agências. Segundo o representante do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região no Comando Nacional da categoria, Otávio Dias, as paralisações serão constantes até a próxima reunião com a Fenaban, em São Paulo, marcada para quinta-feira (20). "Os bancários rumam para a greve no intuito de pressionar os banqueiros para negociação. Eles já adiaram por duas vezes a apresentação de propostas econômicas. Queremos exigir na mesa de negociação que os banqueiros apresentem uma proposta condizente com seus altos lucros", afirma Dias.

Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Marisa Stédile, a negociação será acirrada. "Não vamos aceitar negociação sem ganho real e PLR condizente com os lucros dos bancos".

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