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O Banco Central da Turquia elevou nesta terça-feira (28) as taxas de juros em 425 pontos básicos, de 7,75% para 12%, um movimento já antecipado para tentar impedir uma forte desvalorização da moeda nacional, a lira, informou a rede de televisão "NTV". A forte alta era esperada desde que o diretor do Banco Central, Erdem Basçi, a insinuou horas antes, mas superou as expectativas, que previam uma taxa de 9%.

Logo após anunciar a medida, a lira turca teve uma forte alta, de mais de um centavo de dólar, e ficou acima dos US$ 0,455 centavos após um dia em que tinha se estabilizado pouco acima dos US$ 0,440. "Recentes eventos internos e externos estão tendo um impacto adverso sobre a percepção do risco, dando lugar a uma desvalorização significativa da lira turca e um pronunciado aumento do prêmio de risco", justificou assim a decisão o Banco Central em comunicado.

"O Banco Central colocará em prática as medidas necessárias ao seu alcance para conter o impacto negativo destes eventos sobre a inflação e a estabilidade macroeconômica", advertiu. A entidade também garantiu que o endurecimento da política monetária continuará nos próximos meses. "A orientação rumo a uma política monetária restritiva se manterá até que haja uma melhora significativa nas perspectivas de inflação. Sob esta orientação da política (monetária), se espera que a inflação alcance a meta de 5% em meados de 2015", concluiu a nota.

A medida do Banco Central de hoje volta a deixar a taxa de juros nos níveis em que estava durante a maior parte de 2012, a partir de quando foi se reduzindo até chegar ao menor percentual, 6,5% em maio do ano passado.

Desde agosto, quando os juros foram fixados em 7,75%, o Banco Central tinha se negado a usar este instrumento para frear a forte queda da lira turca, que perdeu 25% nos últimos oito meses. Na quinta-feira, o Banco Central tentou em vão frear a desvalorização cambial vendendo US$ 2 bilhões de suas reservas de divisas, mas o efeito durou apenas algumas horas.

Ainda hoje, o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, tinha assinalado que se opunha a alta dos juros, mas lembrou que "o Banco Central é (um organismo) independente".

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