O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu nesta quarta-feira (13) a taxa básica de juros da economia em meio ponto percentual, levando a Selic para 11,75% ao ano. Esta é a quarta queda consecutiva nos juros básicos e o patamar mais baixo registrado desde março de 2022. A redução já era esperada pelo mercado financeiro e foi decidida por unanimidade.
Em nota, o comitê voltou a defender a "persecução" da meta fiscal pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a metas fiscal de déficit zero para 2024. No entanto, uma ala do governo Lula defende rever a meta. "Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", disse o Copom.
Entre os fatores que impactam na redução da Selic, está o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação. O IPCA de novembro, divulgado nesta terça (12), mostrou novo recuo na taxa acumulada em 12 meses, agora em 4,68%. Além disso, o mercado prevê que o índice fechará o ano em 4,51%, e projeta 3,93% para o fim de 2024, segundo a mediana das expectativas.
O Copom apontou que "a inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes". Para o comitê, a decisão de reduzir a Selic "também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".
"O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", ressaltou o Copom.
A entidade afirmou que, se o cenário se manter estável, na próxima reunião deverá ser aplicada uma nova redução de 0,5 ponto percentual. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz a nota.
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