O desempenho ruim das ações do Banco do Brasil e da Petrobras fez com que a Bolsa brasileira fechasse em baixa nesta quarta-feira (5), influenciada ainda pela notícia de que o anúncio do novo ministro da fazenda só será feito na segunda quinzena do mês. No mercado cambial, o dólar fechou em alta.
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou com queda de 1,26%, para 53.698 pontos.
A forte queda das ações do Banco do Brasil contribuiu para a desvalorização do índice. O banco registrou lucro líquido de R$ 2,780 bilhões entre julho e setembro deste ano, crescimento de 2,8% em relação a igual período de 2013. Excluindo ganhos e perdas extraordinários, o lucro alcançou R$ 2,885 bilhões.
Para André Moraes, analista da corretora Rico, o balanço do banco veio pior que o esperado pelo mercado. "Principalmente porque ninguém contava com a alta inadimplência do banco. A queda das ações do banco puxou inclusive outras instituições financeiras para baixo. Se a inadimplência alta for uma tendência, pode acabar impactando outros bancos", afirma.
Os papéis do Itaú Unibanco encerraram o dia com queda de 1,10%, a R$ 36,89. Já as ações do Bradesco caíram 1,47%, a R$ 36,74.
As ações da Petrobras também pesaram sobre a Bolsa nesta quarta-feira, um dia após a petrolífera receber o aval do ministro da Fazenda Guido Mantega, presidente do conselho de administração da empresa, para reajustar os combustíveis.
Apesar disso, a empresa não fez nenhum anúncio formal, o que acabou afetando os papéis da petrolífera nesta quarta. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, caíram 2,83%, a R$ 14,40. Os papéis ordinários da empresa, com direito a voto, fecharam em baixa de 2,74%, a R$ 13,86.
Câmbio
No mercado cambial, o dólar fechou o dia em alta em relação ao real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,14%, a R$ 2,513. O dólar comercial, usado no comércio exterior, teve avanço de 0,39%, para R$ 2,515.
"O dólar hoje subiu pelo cenário externo. A moeda americana se valorizou em relação a importantes divisas e, aqui, seguiu a mesma tendência sobre o real", afirma Paulo Petrassi, sócio operador da Leme Investimentos.
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,4 milhões.
A autoridade deu sequência também ao processo de rolagem dos contratos de swap cambial que vencem em 1º de dezembro de 2014. O BC vendeu 9.000 contratos nessa operação, por US$ 439,5 milhões, rolando cerca de 9% do lote total, que equivale a US$ 9,831 bilhões.
Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês e vender a oferta integral sempre, como tem feito, a autoridade monetária vai rolar cerca de 80% do lote do mês que vem.



