O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) — instituição financeira de fomento das nações emergentes que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) — deverá começar a operar no mercado no dia 1º de janeiro, informou uma fonte que acompanha as negociações. Na ocasião, os cinco sócios pretendem já anunciar as primeiras operações do NBD, cujo capital inicial é de US$ 50 bilhões.
Já estão sendo selecionados os nomes dos executivos que vão dirigir o banco de desenvolvimento, que será sediado na China. Cabe à Índia indicar o presidente-executivo. A Rússia terá a presidência do Conselho de Governadores, representação direta dos ministérios de Fazenda dos cinco países. A África do Sul sediará o Centro Regional Africano do NBD.
O Brasil escolherá o primeiro presidente do Conselho de Administração, que terá a função de aprovar o plano de investimentos e a estratégia de expansão do banco dos Brics. O governo brasileiro ainda trabalha na costura de um nome. O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, seria candidato.
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Os cinco países correm para terminar a seleção dos nomes para os principais postos do NBD até maio. Estão sendo fechados os detalhes técnicos da criação da empresa que vai contratar os executivos, para que eles comecem os trabalhos e elaborem a condições de empréstimo e missões do banco.
Paralelamente, os governos apressam a ratificação do banco pelos respectivos Congressos Nacionais. O mais atrasado na tarefa é o Brasil, onde o tema começou apenas recentemente a ser apreciado por comissões do Parlamento. É necessário aval da Câmara e do Senado.
A criação do banco de desenvolvimento do Brics foi assinada em julho do ano passado, em Fortaleza, durante a última cúpula de chefes de Estado. A próxima reunião de alto nível será na Rússia, em julho deste ano, quando os cinco sócios pretendem anunciar os nomes para os principais postos e o calendário dos trabalhos até o início das operações.
Aporte
Cada país aportará US$ 10 bilhões para o NBD, a serem desembolsados em até dez anos. No entanto, o valor pode ser dobrado para US$ 100 bilhões.
O banco de desenvolvimento tem foco em projetos de infraestrutura e emprestará também para países fora do Brics. Uma especulação é que Cuba poderia ser um dos primeiros clientes, pois precisa de financiamento mas quer fugir de instituições multilaterais que são “zona de influência” dos EUA.
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