Banco usa helicóptero para "driblar" grevistas em Curitiba

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O banco HSBC usou helicópteros, na manhã desta terça-feira (18), para levar funcionários à sede administrativa do banco em Curitiba, no bairro Xaxim, e garantir a entrada dos trabalhadores no local. A medida foi tomada porque, com a deflagração da greve da categoria, sindicalistas se concentram na entrada da sede, formando um piquete, para impedir o acesso de funcionários à sede.

A estimativa de funcionários é de que até 300 pessoas possam ser levadas para dentro do centro administrativo durante esta terça-feira.

Em frente à sede administrativa, um ônibus levou os trabalhadores para pontos onde helicópteros podem pousar e decolar.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba , Otávio Dias, diz que esse tipo de prática viola o direito de greve dos trabalhadores. De acordo Dias, os bancos pressionam a classe trabalhista para se manter em seus postos, com ameaças de desconto na folha de pagamento e possibilidade de outras penalidade.

"Nós entendemos a prática de levar os trabalhadores dessa maneira como uma forma intransigente de o banco agir, um método anti-sindical", diz o presidente do sindicato Otávio dias.

O HSBC afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a utilização das aeronaves é feita para que seus colaboradores tenham acesso aos centros administrativos. Segundo o banco, a medida é aprovada pelos órgãos policiais e da aeronáutica.

A empresa declarou ainda respeitar "o direito democrático de manifestação dos sindicatos, mas que não comenta publicamente as reivindicações". A organização disse que possui comitês permanentes para a discussão de questões bilaterais.

Outros anos

A utilização de helicópteros para levar funcionários para dentro das agências é comum durante os períodos de greve. No ano passado, moradores da região do Xaxim, em Curitiba, reclamavam do barulho que esse tipo de ação causa. Durante os outros períodos de greve, funcionários do alto escalão administrativo - com funções, sobretudo, burocráticas - eram levados pelo transporte aéreo, sem grande influência para o funcionamento das agências onde a maioria dos clientes faz suas transações bancárias.