O Wachovia Group informou nesta quarta-feira (22) que amargou um prejuízo de US$ 23,9 bilhões no terceiro trimestre do ano, um recorde para qualquer banco dos Estados Unidos durante a crise global de crédito, ressaltando os desafios que o Wells Fargo terá que enfrentar depois de adquirir o rival.
As perdas totalizaram US$ 11,18 por ação, seguindo o prejuízo de US$ 9,11 bilhões no segundo trimestre.
O banco informou que o resultado inclui US$ 18,7 bilhões em baixas contábeis. Cerca de dois terços deste volume estão relacionados aos segmentos de varejo e pequenos negócios, onde se encontra um portfólio problemático de hipotecas com taxa de juro móvel no valor de US$ 118,7 bilhões.
Excluindo itens extraordinários, o prejuízo trimestral foi de US$ 2,23 por ação, informou o banco. Compra
No início do mês, o banco americano Wells Fargo, com sede em São Francisco (Califórnia), anunciou a compra do Wachovia por US$ 15,1 bilhões. Segundo comunicado, o Wells vai adquirir todas as operações do Wachovia, incluindo suas obrigações financeiras e depósitos bancários. A fusão entre as duas instituições vai criar um banco com US$ 1,42 bilhões em ativos. Com fortes perdas, o banco estava sob risco de quebrar, o que havia levado as autoridades a orquestrarem sua venda ao Citigroup - operação que perdeu a validade após o acordo com o Wells Fargo. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, a falência do Wachovia teria representado um "risco sistêmico" ao mercado financeiro.
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