A mudança no cálculo da Taxa Referencial (TR), feita pelo Banco Central (BC) na semana passada, que poderá abrir vantagem para a caderneta de poupança em relação aos fundos de investimento, começa a mexer com o portfólio dos bancos. O Banco do Brasil vai lançar, dentro de um mês, um novo fundo de renda fixa, que deverá ter taxa de administração inferior a 2% ao ano. O HSBC ainda não deu detalhes, mas informou que está estudando novos produtos.
No BB, o novo fundo terá como base a regressão dos custos. Quanto mais tempo o investidor mantiver o fundo, menos ele pagará em taxas totais.
- A idéia é oferecer mais uma opção ao investidor, que tem mostrado que gosta de diversificar - disse a gerente-executiva de investimentos do Banco do Brasil, Maria Izabel Gribel. - Por outro lado, a poupança deve acompanhar a rentabilidade adequada ao seu nível de risco. Não pode estar fora de compasso em relação a outros investimentos.
Tendência de queda
Segundo os especialistas, se a taxa básica de juros da economia (Selic), que hoje está em 11,5% ao ano , continuar em ritmo de queda até o fim de 2007, a poupança ficará mais vantajosa do que os fundos de renda fixa.
- Agora é hora de os bancos começarem a baixar as taxas de administração cobradas nos fundos, para que possam competir com a poupança - disse o matemático José Dutra Sobrinho, lembrando que a caderneta também não paga Imposto de Renda, como os fundos.
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